As ações da Cogna lideravam as baixas do Ibovespa hoje (13), com o papel sendo negociado em queda de 7,2% às 13h50, enquanto o Ibovespa mostrava estabilidade.
LEIA TAMBÉM: JBS adquire grupo e marcas premium de charcutaria italiana por US$ 92,5 milhões
Com isso, o grupo prevê que 70% de sua receita em 2025 virá de suas plataformas de ensino, dos cursos de medicina, agregados sob a unidade KrotonMed, do ensino hibrido (presencial e online) e digital. Este ano a proporção é de 44%.
Segundo o presidente da Kroton, Roberto Valério, novas revisões na estrutura física da companhia não são mais necessárias, enquanto ela se prepara para retomada na captação de alunos presenciais.
Mas o aumento da receita da Kroton mesmo, só em 2023, disse o presidente da Cogna, Rodrigo Galindo, ressaltando que na Cogna como um todo isso deve ocorrer já em 2022. Ambos participaram de apresentação a analistas e investidores sobre a companhia.
Ele ressaltou que o crescimento da base de alunos presenciais, diferente de antes da reestruturação, vai ocorrer mais concentrado em cursos de maiores mensalidades, enquanto aqueles que incluem pedagogia e contabilidade, por exemplo, foram migrados para plataformas online do grupo.
MEDICINA
A Cogna anunciou pela primeira vez hoje (13) números de sua operação de ensino de medicina agregados na forma de uma unidade chamada KrotonMed.
Galindo disse que a KrotonMed terá receita líquida de R$ 482 milhões em 2022 e um Ebitda de R$ 224 milhões, com margem de 46,5%, e chance da base de alunos subir de 3 mil para 5.250.
Segundo o presidente da Cogna, a opção por separar os negócios de medicina na unidade KrotonMed via um “carve out societário”, foi para que a empresa tenha a “opcionalidade” de fazer movimentos de expansão sem eventualmente diluir os acionistas da Cogna.
“Isso foi um movimento interno da companhia, não fazia sentido trazer isso para público mais cedo”, disse Galindo sobre o momento do anúncio da KrotonMed.
AQUISIÇÕES
O presidente da Cogna citou que a KrotonMed alternativamente poderia usar seus próprios ativos “para atrair um parceiro que agregue uma faculdade de medicina…Pode fazer sentido para a gente usar equity dessa própria subsidiária.”
Galindo afirmou que a Cogna tem espaço no balanço para fazer pequenas e médias aquisições no próximo ano sem incorrer em risco de ultrapassar covenants de alavancagem de 3 vezes.
Sobre eventuais novas recompra de ações, como a aprovada pela Vasta em agosto, Galindo disse que tanto a Vasta quanto a Cogna não descartam novos programas, mas não deu detalhes.