C-Suite: Ricardo Wagner é o novo diretor de trabalho moderno e segurança da Microsoft Brasil
Maria Laura Saraiva
28 de julho de 2021
Divulgação
O executivo Ricardo Wagner retorna ao país após uma experiência internacional de sucesso na subsidiária do Canadá
De olho na troca de cadeiras corporativas da última quinzena, a C-Suite destaca nesta edição o setor de serviços financeiros. O Banco Original anunciou Alexandre Conceição como o novo CEO da Original Hub, braço da empresa dedicado aos negócios B2B. O cargo recém-criado faz parte da estratégia da companhia de acelerar sua oferta de BaaS (Banking as a Service). Enquanto isso, o Banco Mercedes-Benz apresentou, pela primeira vez nos seus 25 anos de história, uma mulher como a nova presidente da instituição no Brasil. A alemã Hilke Janssen chega ao país após liderar a empresa na Coreia do Sul e na Malásia.
Na área de pagamentos online, Gabriel Porto começou na Sem Parar como novo CMO (chief marketing officer). O executivo estará à frente das áreas de marketing, ativação de clientes, produtos, UX, e-commerce, CRM e NPS.
No setor de alimentos, a Superbom anunciou a contratação de Juliana Paes como nova diretora de inovação, enquanto David Oliveira foi promovido a diretor comercial e de marketing. Na Nespresso, Monica Lopes é a nova diretora de marketing da empresa no Brasil.
Nesta edição, a C-Suite conversou com Ricardo Wagner, novo diretor de trabalho moderno e segurança da Microsoft Brasil. O executivo retorna ao país após uma experiência internacional na subsidiária canadense, onde atuou na área de marketing de produto, auxiliando clientes corporativos e pequenas e médias empresas. Antes de ingressar na Microsoft, Wagner, que é formado em economia pela Universidade Mackenzie, atuou durante sete anos na HP, onde trabalhou nas áreas de vendas e marketing.
Leia, a seguir, os planos do executivo na nova posição:
Forbes: O que faz exatamente um profissional responsável pela área de “trabalho moderno”?
Ricardo Wagner: Meu trabalho está alinhado a um dos objetivos da companhia: empoderar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais. Tenho como responsabilidade alocar recursos financeiros e os talentos necessários para garantir a melhor experiência dos nossos clientes e também liderar a execução das áreas de marketing de produto, operações, parceiros, vendas e suporte das ferramentas de trabalho e segurança da Microsoft, como o Microsoft 365, passando pelas ferramentas de produtividade e colaboração, como o Microsoft Teams, que registrou mais de 145 milhões de usuários ativos diários em abril deste ano – quase o dobro em relação ao ano anterior. Hoje, pessoas e organizações trabalham e colaboram de qualquer lugar, criando possibilidades e desafios que podem transformar negócios e até indústrias. Tenho como missão empoderar líderes de negócios brasileiros nesta transformação digital.
F: O que as grandes empresas devem levar em consideração ao se adaptar para os novos modelos de trabalho no pós-pandemia?
RW: A pandemia transformou fundamentalmente a forma como trabalhamos e atendemos aos clientes, e nos ensinou que muitas coisas podem ser feitas remotamente – muito mais do que pensávamos ser possível. Embora a força de trabalho móvel esteja se desenvolvendo há algum tempo, líderes ainda estão, de muitas maneiras, tentando acompanhar o desenvolvimento e determinar a melhor maneira de liderar suas equipes, que podem estar espalhadas por cidades, estados ou mesmo países diferentes. No entanto, como a tecnologia avançou a passos largos, gerenciar projetos online é certamente mais fácil agora do que no passado. Claro, encontrar o próprio caminho para uma liderança de sucesso dependerá, em grande parte, do estilo pessoal, da cultura corporativa e dos membros da equipe.
Mesmo quando a pandemia acabar, o mundo de trabalho não será mais o mesmo. Sabemos que muitas companhias estão estudando ou já implementando o modelo de trabalho híbrido com o suporte da tecnologia para garantir que as pessoas possam trabalhar de onde estiverem. A interação entre os times acontecerá independentemente de estarem em um ambiente físico. Reuniões podem ser realizadas com participantes no escritório e outros em suas casas. Para que essa transição seja bem-sucedida, além das ferramentas certas, é preciso que as organizações treinem seus funcionários para as novas tecnologias, adotem novos processos e que todas as possíveis soluções de segurança sejam implementadas. Vivemos uma era fantástica, com possibilidades incríveis.
F: Em relação à segurança, quais foram as tendências deixadas pela pandemia?
RW: A pandemia impulsionou a adoção de formatos de trabalho remoto e isso estimulou as empresas a implementarem os controles necessários para atenuar os principais riscos. É importante reforçar que não existem tecnologias ou processos que eliminem completamente o risco cibernético, mas os funcionários podem ser conscientizados sobre a manipulação segura de informações confidenciais e a forma de identificar ameaças e detectar ataques em tempo hábil.
Na minha opinião, entre as principais tendências de segurança para esse novo momento, e que precisaram ser priorizadas tendo em vista o cenário atual de transformação digital e ataques cibernéticos, está a migração para a nuvem. Este é o primeiro passo para possibilitar um trabalho remoto seguro, alcançar a eficiência operacional, lidar com restrições orçamentárias de TI e acelerar a inovação. Em seguida, está a adoção da estratégia de empatia digital com um mundo sem senhas, em que o acesso com autenticação de vários fatores (MFA) é mais fácil. Dessa forma, os usuários não precisam mais lembrar ou trocar suas senhas e podem usar recursos nativos da plataforma, evitando assim a exposição de suas senhas. Depois vem a execução de simulações de ataques de phishing benignas para testar as políticas e práticas de segurança, além de treinar os funcionários para aumentar o conhecimento e diminuir a suscetibilidade a ataques. E, por fim, o machine learning, amplamente utilizado em soluções de segurança para detectar continuamente novos tipos de ataques e comportamentos anormais, identificar e mitigar tentativas de roubo de dados ou uso indevido de credenciais de acesso.
F: O que você espera dos primeiros seis meses como diretor de trabalho moderno e segurança da Microsoft Brasil?
RW: A transformação digital, antes um imperativo para obter vantagem competitiva, agora é a chave para a resiliência e a mudança dos negócios em todo o mundo. E o trabalho híbrido não é apenas um avanço em relação ao trabalho remoto, mas sim um momento crucial para companhias e pessoas, globalmente. Meu papel será apoiar nossos clientes e o mercado como um todo a passar por essas mudanças e adaptações, por meio de soluções de colaboração, produtividade e segurança.
Veja, abaixo, outras movimentações C-Level que ocorreram nos últimos 15 dias: