O experimento, ainda em fase de planejamento, vai acontecer em empresas de pequeno e médio porte e com parte das equipes. As empresas podem registrar interesse no site da 4 Day Week Brazil. Em agosto começam as mentorias e workshops sobre a metodologia do estudo.
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A metodologia por trás de trabalhar menos tempo
A Boston College vai medir parâmetros que as empresas já costumam analisar, como dados financeiros, metas de produtividade e indicadores de bem-estar antes, durante e depois da implementação da semana de quatro dias. Em novembro, depois das análises preliminares, começa a aplicação da semana reduzida por um período de seis meses.
As técnicas de aumento de produtividade das empresas participantes serão as mesmas usadas pelo projeto da 4 Day Week em outros países. Como uma primeira etapa, reuniões serão redesenhadas para serem mais produtivas e reduzir o tempo de comunicação síncrona entre as equipes para, depois, a gestão de tempo ser repensada – em processos, por exemplo, de priorização de tarefas e automatização de processos.
Para a concretização do projeto-piloto, a 4 Day Week Global percebeu que o envolvimento dos funcionários, e não só das lideranças das empresas participantes, foi fundamental para o seu sucesso em outros lugares do mundo. “Os gestores devem trabalhar com suas equipes para avaliar as medidas existentes e determinar se elas são adequadas para o futuro”, diz Gabriela Brasil, head of community da 4 Day Week Global e representante da organização no país. “Quando os funcionários trabalham juntos para revisar processos, repriorizar tarefas, repensar comunicação, espaços e tecnologias na empresa, a diferença é notável.”