Quantum: a nova marca da Positivo, líder na venda de PCs no Brasil, para ser grande em smartphones

3 de setembro de 2015

Hélio Rotenberg, presidente do Grupo Positivo iniciou há 10 meses o projeto da Quantum, a nova unidade de negócios do Grupo Positivo

Maior vendedor de computadores do país, o grupo paranaense Positivo é um coadjuvante do mercado nacional de celulares, categoria com taxa de crescimento superior a de PCs. “Temos 2,5% de participação em celulares, o que significa que devemos vender 1 milhão de aparelhos em 2015”, conta a FORBES Brasil. São pouco mais de 10 modelos com preços que vão de R$ 150 a R$ 999. Na noite de ontem, após o anúncio do governo que deve encarecer os gadgets em cerca de 10%, a Positivo anunciou ao mercado a sua nova estratégia para ganhar representatividade no bilionário mercado brasileiro de smartphones, que segundo a IDC faturou R$ 41,3 bilhões no ano passado, a partir da venda de 54,5 milhões de unidades. A companhia brasileira lançou a Quantum, nova marca e unidade de negócios do grupo que estreia com três aparelhos no modelo de vendas diretas ao consumidor, o mesmo já adotado por chinesas como a Xiaomi.

Quantum G: primeiro dispositivo da nova marca brasileira, com preços a partir de R$ 699

Seu primeiro dispositivo chama-se Quantum GO, que começou a ser vendido à meia-noite pelo site www.meuquantum.com.br e deverá chegar aos sites da B2W e Cnova, por meio de marketplaces, nas próximas semanas. O smartphone apresentado tem três versões com preços competitivos: R$ 699 (modelo 3G de 16 GB), R$ 799 (3G com 32 GB) e R$ 899 (4G com 32 GB). Todos têm tela de 5 polegadas Amoled com resolução HD, pesam 115 gramas, apresentam espessura de 6,5 milímetros, Dual SIM, rádio FM e tv digital e câmeras de 13 MP (traseira) e 5 MP (frontal). O sistema operacional do aparelho é o Android 5.1 Lollipop.

“Conseguimos um preço melhor pelo fato de não termos intermediários. O produto sai direto da nossa fábrica em Curitiba (PR) para a casa do consumidor”, diz Rotenberg. Pelas configurações e preços, a Quantum deve brigar mais agressivamente com a chinesa Xiaomi e também com a Motorola, hoje pertencente à chinesa Lenovo.

Acompanhado do e-commerce, a Quantum começa a instalar hoje seus quiosques para experimentação dos aparelhos – não foi definido ainda se haverá venda nesses pontos físicos. Serão, ao todo, 20 quiosques. Os três primeiros começam a operar hoje na capital paulista – Shopping Eldorado, Santa Cruz e Ibirapuera. A marca também estreia no país com 25 assistências técnicas e promete, para as próximas semanas, a opção de compra de um seguro contra perdas, danos e roubos. Ele deverá custar R$ 75 por ano.

O projeto da Quantum teve início há 10 meses, quando três jovens funcionários da Positivo levaram a ideia dos dispositivos e do modelo de negócios – diferentes dos adotados pela Positivo em celulares – para a direção. Rotenberg diz que topou a ideia desde a primeira conversa, transformando o projeto em uma unidade de negócios do grupo, o que faz sentido dado o tamanho do mercado brasileiro de aparelhos móveis. Os empreendedores Marcelo Reis, Thiago Miashiro e Vinicius Grein vêm, desde então, trabalhando no negócio que tem como slogan “Smart é você”, que defende que não é preciso gastar milhares de reais para ter um smartphone com bons recursos. Para divulgar a marca ao público, a Quantum vai investir no marketing digital.

Sobre investimentos e previsões de vendas, ninguém fala. Mas é sabido que Rotenberg sonha em ver a Quantum maior em aparelhos do que é a Positivo hoje.