Carteira de investimentos: o que é e por quê você precisa de uma?

5 de novembro de 2019
Getty Images

Período pede exposição ao risco, algo até então impensável para os conservadores de plantão

De repente, só se ouve falar em juro baixo e nessa tal de Selic. Você só sabe que poupança rende pouco, mas morre de medo de outros investimentos? Pois é, ignorar educação financeira é fazer um mau negócio com seu Eu futuro. Afinal, o que você mulher tem a ver com o universo financeiro? Tudo.

A Selic influencia diretamente no seu dia a dia. O governo aumenta ou reduz essa taxa para estimular ou inibir o consumo. Quando baixa, é sinal de que um país está virando gente grande. O Brasil cresce e quer dinheiro circulando na economia porque a inflação (aumento de preço) está sob controle. Logo, não faz sentido pagar altos rendimentos para um investidor com baixo risco se o objetivo é gerar riqueza ao país.

Sim, agora para conquistar sua independência você vai precisar eleger produtos financeiros melhores e que atendam seus objetivos, assumir certos riscos faz parte do processo.

Logo: Objetivo de vida + produtos financeiros para cada meta = carteira de investimentos.

Sabe quando você vai ao supermercado, pega um carrinho e seleciona os itens que vai levar? Com seus investimentos, funciona basicamente da mesma forma. Primeiro, você precisa abrir conta em uma corretora, que eu chamo de shopping ou supermercado de investimentos. Ao preencher o cadastro numa dessas plataformas, você descobrirá qual o seu perfil de investidora e terá acesso a vários produtos que podem se encaixar ao seu apetite ao risco ou à predisposição para ganhar mais sabendo que perdas podem ocorrer.

Para otimizar sua ida no amplo supermercado financeiro, você precisa fazer uma lista de compras. Essa lista deve conter seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Para cada momento de sua vida, há uma categoria de produtos.

Por exemplo, se você não tem uma reserva para incertezas, deve antes de qualquer investimento mais profundo deixar um valor que corresponda a 6 meses o seu custo mensal em um produto de liquidez imediata e sem correr riscos. O item perfeito aqui seria Tesouro Selic.

Já para objetivos de médio prazo (acima de 2 anos), como uma viagem, uma cirurgia plástica, uma bolsa dos sonhos, você pode diversificar comprando produtos de renda fixa (CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs…) e renda variável ( Fundos Multimercados, Fundos de Ações, Fundos Imobiliários…).

Já para sua independência financeira, o ideal são os investimentos de longo prazo (acima de 5 anos), aqui, há muitos produtos. Na renda fixa, priorize papéis com correções inflacionárias como Tesouro IPCA. Na renda variável o céu é o limite. Ainda considere, fundos de previdência para prazos acima de 10 anos, além da vantagem fiscal , vai muito bem na linha de planejamento sucessório. Sempre cuide com altas taxas de administração. Todos esses itens estão dentro das corretoras.

Complicou? Calma! Após fazer sua reserva de emergência escolha ao menos 2 produtos para cada categoria que atenda a seu perfil de investidora e concentre esforços até sentir-se segura para avançar.

Não delegue sua liberdade a ninguém. Ah, e dê férias definitivas à caderneta de poupança.

 

Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.

 

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