Coronavírus leva Ibovespa à maior queda diária desde 2017

26 de fevereiro de 2020
ReutersConnect/Athit Perawongmetha

A sessão refletiu a preocupação global com a epidemia do coronavírus

O principal índice de ações da B3 teve hoje (26) a maior queda ​diária em quase três anos, após dois dias sem operações no mercado doméstico, período em que os mercados internacionais tiveram pesadas perdas refletindo a disseminação do coronavírus.

O Ibovespa fechou em baixa de 7%,​​ a 105.718,29​ pontos, para o menor nível desde 18 de outubro. O giro financeiro da sessão somou R$ 33,2 bilhões.

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A encurtada sessão desta Quarta-feira de Cinzas refletiu a preocupação global com a epidemia do coronavírus.

Foi a maior queda do Ibovespa desde 18 de maio de 2017, data da divulgação de um áudio com diálogo comprometedor envolvendo o então presidente Michel Temer.

O índice acentuou a queda à tarde, após mercados de Wall Street, em sessão de ajustes após fortes desvalorizações nos últimos dias, reduzirem suas altas diante do anúncio de autoridades de Nova York afirmando que 83 pessoas estavam em observação com suspeita de estarem contaminadas com o vírus.

Após perder cerca de 7% nas últimas duas sessões, o índice Dow Jones recuou 0,46% o S&P 500 perdeu 0,37%.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou o primeiro caso de coronavírus no Brasil, um homem de 61 anos que esteve na Itália, país que já teve 19 mortes pela doença.

Além do Brasil, foram confirmados os primeiros casos em países como Grécia e Noruega, além de um aumento no número de infectados ao redor do globo.

A Levante Investimentos considerou provável que o mercado demore semanas para retornar aos níveis anteriores ao Carnaval.

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“No entanto, é preciso diferenciar o efeito prático do coronavírus do pânico que ele pode provocar em alguns segmentos do mercado”, afirmaram analistas da Levante.

A epidemia deve reduzir a demanda mundial por diversos produtos, o que geraria uma pressão negativa sobre as exportações brasileiras, afirmou a Guide Investimentos, também apontando a queda no preço internacional de commodities como outro fator deve impactar as empresas do país.

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