Se olharmos para trás, porém, veremos um poliedro histórico de alternância de lutas e de realizações que atestam a capacidade humana de adaptação a novas realidades. Vejo e revejo a capacidade camaleônica do ser humano de escapar de tragédias naturais e reconstruir paragens destroçadas sempre com uma marca de coragem e de ousadia.
Voltemo-nos às realidades e prevejamos 2020 diante de alguns fatos marcantes do ano passado. Primeiro o mundo – e seus reflexos sobre o Brasil.
Europa com lideranças em turno de se afastarem. Espanha sem governo por meses, mas clamando que a América Latina é instável. Austrália em fogo a entristecer o mundo, e nós a permitirmos as queimadas na Amazônia – e quando criminosos financiados por ONGs e atores ingênuos são presos, a nação se revolta.
Cai o bolivarianismo na Bolívia e na Venezuela, o dólar e o rublo reinam soberanos para vencer uma crise de gestão histórica. A Argentina amanhece com esperanças e, longe de fixar-se ao eixo cubano, adota um pragmatismo político e econômico que esperemos que dure e que nos permita trabalharmos juntos no Mercosul. Peru em pleno desenvolvimento, além dos problemas do Chile e da Colômbia sendo vencidos, mostrando que também por aqui o mundo não se acabará. Estados Unidos com desemprego a alcançar históricos 3,8% da população e inflação de 2% a driblar uma recessão sempre anunciada.
E o nosso Brasil em 2020?
“Se olharmos para trás, veremos um poliedro histórico de alternâncias de lutas e de realizações, de construções que atestam nossa capacidade de adaptação a novas realidades.”Desfrutamos um momento favorável para abrirmos nossa economia, privatizar as 270 empresas governamentais, reescrevermos o pacto federativo em um clima democrático. Crescer a 2,8% neste 2020, reduzir o desemprego gerando 1,4 milhão de novos postos de trabalho, passar os EUA como maiores produtores mundiais de soja e sermos um dos mais avançados agronegócios do planeta, com a maior proteção ambiental do universo. O mundo não acabou – e o Brasil muito menos.
Mario Garnero – Chairman do Grupo Garnero e presidente do Fórum
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.