Ibovespa fecha em queda de 7,64%

11 de março de 2020
ReutersConnect/Andrew Kelly

A notícia de que a OMS classificou o coronavírus como uma pandemia piorou a situação da bolsa

O Ibovespa despencou hoje (11) e a B3 acionou o circuit breaker pela segunda vez nesta semana, diante de temores globais com o coronavírus, agora classificado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ibovespa desabou 7,64%, a 85.171,13 pontos, nova mínima desde outubro de 2018. O volume financeiro da sessão somou R$ 34,3 bilhões.

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O índice acumula queda de mais de 13% apenas esta semana, chegando a 26,3% de desvalorização em 2020.

Operando no vermelho desde a abertura, o Ibovespa acelerou perdas à tarde, com o circuit breaker paralisando as negociações por 30 minutos após a OMS ter classificado o coronavírus como pandemia, derrubando mercados internacionais. Na mínima, chegou a cair 12,4%.

“Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de disseminação e severidade e com os níveis alarmantes de inação. Por isso, avaliamos que o Covid-19 pode ser caracterizado como pandemia”, afirmou o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Para Alvaro Azevedo, sócio da Vero Investimentos, o mercado ainda aguarda sinalizações mais claras dos governos sobre as medidas que serão tomadas para amenizar os efeitos da epidemia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, procurou acalmar os temores, afirmando nesta quarta-feira que utilizará todos os recursos governamentais possíveis para combatê-lo.

Outros países também intensificaram as medidas de combate ao vírus, com o banco central britânico cortando sua taxa de juros e a Itália aumentando os gastos diante de um crescente números de infectados e mortos no país.

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No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Congresso está à disposição do governo para, além das medidas emergenciais de curto prazo, dar respostas aos impactos econômicos da disseminação do vírus.

Mais cedo, a equipe econômica cortou projeção de crescimento neste ano a 2,1%, ante patamar de 2,4% calculado em janeiro. A estimativa ainda é superior à expansão de 1,99% esperada pelos economistas neste ano, conforme boletim Focus mais recente.

O número de casos confirmados da doença no Brasil chegou a 52, aumento de 18 em relação à véspera (10), informou o Ministério da Saúde.

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Também pressionando o índice estavam os papéis de Petrobras (-9,74%), afetados após a Arábia Saudita afirmar que planeja expandir ainda mais a capacidade de produção de petróleo, impactando no preço da commodity.

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