Cerca de 70% do montante doado é para financiar a saúde durante a pandemia. Mas, com o passar do tempo e os reflexos da paralisia econômica na renda das famílias e dos pequenos empreendedores, parte das doações começou a ser destinada a comunidades carentes e ao apoio a micro e pequenas empresas, diz o diretor executivo da ABCR, João Paulo Vergueiro. “Tem havido um aumento das doações com a finalidade de gerar renda para a população.”
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Apesar de a maior parte dos valores vir de empresas privadas, algumas estatais também anunciaram iniciativas. A BB Seguros, por exemplo, doou R$ 40 milhões para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os recursos serão destinados para a compra de alimentos e produtos de higiene e limpeza. Segundo o presidente da instituição, Bernardo Rothe, as doações vão ocorrer por meio da Fundação Banco do Brasil, que tem maior proximidade com ONGs ligadas a comunidades carentes.
Até semana passada, R$ 279 mil já tinham sido liberados e outros R$ 2 milhões aprovados. Antes de liberar os recursos, a fundação precisa aprovar o projeto apresentado pela ONG, que faz as compras dos alimentos e produtos de higiene e repassa os comprovantes para a instituição.
“Somos uma estatal, portanto tenho de cumprir uma série de regras do TCU (Tribunal de Contas da União)”, diz Rothe. “Mas acreditamos que agora a liberação começa a ganhar velocidade”, completa Asclepius Ramatiz Lopes Soares, presidente da Fundação BB. Segundo ele, a ideia não é concentrar as doações, mas alcançar o maior número de pessoas possível.
Sem experiência no assunto e depois de ter a negativa de China e Portugal na compra dos aparelhos, os recursos passaram a ser geridos pela Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), diz o presidente da MRV, Rafael Menin. “Sabemos que o governo, com toda sua burocracia, não conseguiria resolver o problema.”
Outra iniciativa do conglomerado foi a doação de R$ 2,5 milhões em cestas básicas para populações carentes. Cada família recebeu um cartão com crédito de R$ 100 para fazer as compras. Em maio, o cartão será recarregado com o mesmo valor, diz Menin. “As pessoas estão desamparadas e precisam de ajuda imediata.”
Com a ajuda de parceiros, eles conseguiram desenvolver outro espessante e, em menos de uma semana, produziram o primeiro frasco de álcool em gel. A empresa tem matéria-prima para produzir 1,5 milhão de frascos, sendo que 1 milhão já foi distribuído. Além disso, em parceria com a Raízen, faz o envasamento de álcool 70% também para doação. Nesse caso, são 2 milhões de frascos. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. (Com Agência Estado)
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