Mas eis que nos vemos com o celular apitando o tempo todo, anunciando a chegada de mensagens das dezenas de grupos de WhatsApp nos quais fomos nos incluindo –ou foram nos incluindo– para dar conta de segmentos diferentes da nossa vida. Acordamos no meio da noite para checar notícias, ainda que alarmistas, ou informações sobre alguém que estava doente.
Em reclusão, a relação com a tecnologia mudou, tendo virado quase compulsiva. É aí que mora o perigo. Já há transtornos psiquiátricos bem documentados sobre isso. Muitas vezes, a dependência da tecnologia fica tão grande que, na falta dela, surgem sintomas que se assemelham aos da síndrome de abstinência.
A segunda dica, e a mais importante delas, é: o celular não é mais importante do que as relações familiares. Portanto, se você está em quarentena com a sua família, use a hora do almoço ou do jantar para estar realmente presente e próximo dela.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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