O líder não conquistou aquele posto por acaso. Teve de aprender competências, estudar, trabalhar muito, apresentar bons resultados, conjunto de coisas que o fizeram ser reconhecido por isso e conquistar o cargo.
LEIA TAMBÉM: Como se proteger dos ataques de haters nas redes sociais
1. Nem sempre o desafio à autoridade do líder é algo negativo. Ao contrário. Pode ser uma oportunidade maravilhosa para você, líder, rever o seu papel e suas posições acerca de como comanda aquele time. Antes de reagir a esse colaborador, questione-se se ele não pode estar de fato correto. Ninguém tem soluções prontas para todos os desafios que diariamente surgem em uma empresa, nem todo o saber. Procure escutá-lo com atenção e com a mente aberta e não responder de forma irritada, comportamento relativamente comum de muitos líderes. Quem sabe aquele seu liderado não pode ter mesmo uma solução melhor que a sua? O líder também precisa ter em mente que, muitas vezes, a reação negativa de um liderado é resposta a uma gestão feita de modo inadequado. Esse é um ótimo momento para uma autorreflexão;
2. Muitos empregados desafiam a autoridade do líder por não receberem feedbacks claros, seja a respeito do seu desempenho, seja a respeito de seu comportamento. Faz parte do papel de um líder aprender a dar devolutivas, ainda que elas nem sempre sejam positivas. E os colaboradores querem, sim, recebê-las de seus superiores imediatos, para que possam fazer correções de rumo, se precisarem. Ninguém gosta de voar às cegas. Além de dar um feedback sobre o comportamento de seu liderado, chame-o para uma conversa franca e procure compor com ele: “Vamos trabalhar juntos? Crescer juntos?”.
3. Expresse a seu colaborador quais podem ser as consequências daquela atitude dele. É fato que há pessoas que não conseguem lidar com autoridades. E por autoridades não me refiro apenas a do líder, mas também a do professor, do pai, da mãe, do orientador… Se, mesmo depois do feedback acerca do comportamento do liderado, ele ainda resiste em mudar, é preciso que ele saiba que pode haver consequências, entre elas, a transferência para outro time e, em última instância, o desligamento da própria organização.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.