Até o início da pandemia, a adoção da alternativa era tímida na maioria das companhias, que concediam a modalidade de trabalho à distância uma vez por semana, em geral. Quais serão os desdobramentos da jornada home office em nosso dia a dia e na economia como um todo? Inúmeros, com seus bônus e ônus.
As empresas entenderam que é possível operacionalizar o negócio à distância. Os atuais sistemas digitais podem suportar essa demanda, não precisamos de grandes espaços físicos e infraestrutura para alocar equipes, e existem outras formas de controle que vão além das que adotamos até ontem, de forma presencial.
No universo corporativo, passou a ser essencial considerar de forma enfática princípios que nem sempre estão alinhados às questões financeiras e de lucratividade – como as condições físicas e psicológicas dos funcionários, a relação com as comunidades envolvidas no processo de produção ou impactadas por ele, de forma direta e indireta. O “novo normal” competitivo é sermos sustentáveis para além de pautas já conhecidas, como o uso adequado de recursos naturais, as mudanças climáticas e a criação de códigos rigorosos de sistemas e condutas (o famoso compliance).
Nesse momento incerto e desequilibrado, o comprometimento, a eficiência e a eficácia tornam-se competências ainda mais requisitadas. Isso significa que o mercado buscará com maior ênfase por profissionais mais assertivos, com capacidade de entregar bons resultados com menos custo, menos recursos e mais rapidez, juntamente com a habilidade de criar soluções para questões que nunca imaginamos.
A mudança que já olhávamos pela fechadura, visualizando muito pouco do todo que havia para além da porta, entrou voando pela janela, tornou-se realidade, a favor ou contra nossa vontade. Precisamos nos reinventar em um espaço de tempo muito curto, numa velocidade única. Fomos fortemente desafiados pela natureza a rever nosso jeito de fazer as coisas, a reexperimentar o mundo, a redefinir valores e recriar riquezas.
Rachel Maia é CEO da Lacoste Brasil
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