Conectividade, novos modelos e o que vem pela frente
Amplitude de cobertura e qualidade da conectividade foram – e ainda são – itens sensíveis e que ganharam protagonismo em um cenário no qual as empresas precisaram se adaptar para seguir operando, ao mesmo tempo em que todos passamos por mudanças na forma como trabalhamos, interagimos e vivemos. Mas para além disso, os avanços caminham em direção ao 5G e ao Edge: para atender as expectativas dos clientes, é preciso levar a integração e a computação para mais perto de onde os dados residem e as decisões são tomadas.
Para as telcos, essa visão sobre infraestrutura traz implicações importantes sobre seu papel no ecossistema e como devem repensar e adaptar seu modelo de negócio de forma a se tornarem plataformas de serviços. Em um estudo do IBM IBV, “O fim dos provedores de serviços de comunicação como conhecemos”, quase a metade (45%) dos executivos de provedores de serviços de comunicação na América Latina entrevistados acredita que devem se tornar nuvens seguras, com IA e automação. O mesmo estudo ainda mostrou que a grande maioria (91%) dos provedores de serviços de comunicação com melhor performance esperam superar as expectativas financeiras em cinco anos, com a utilização de Edge Computing.
O movimento que estamos vendo acontecer indica que a própria infraestrutura das redes das empresas de telco está se tornando uma plataforma em nuvem híbrida e seus serviços de dados, voz e multimídia estão gradativamente sendo migrados para componentes abertos. Já vemos iniciativas na região, como por exemplo na Colômbia, onde a Movistar Empresas já está trabalhando conosco como parte do ecossistema de parceiros da IBM para desenvolver soluções corporativas alavancando a arquitetura de nuvem aberta e híbrida para a jornada de transformação de seus clientes.
Aprimorando o uso da IA
Ainda que as telcos estejam implementando a IA vertical e horizontalmente em suas organizações, ainda há um enorme potencial a ser explorado para aproveitar a mesma tecnologia de assistentes virtuais que hoje é implementada para fora para agentes e usuários internos. No Brasil, a TIM transformou seus fluxos de trabalho de atendimento ao cliente com a implementação de um assistente virtual equipado com IA para ajudar a lidar com o grande volume de chamadas. Em quatro meses amplificando o atendimento ao cliente entre agentes humanos e o agente virtual, a taxa de contenção da TIM aumentou para 75% e a resolução na primeira chamada aumentou em 85%.
Os casos de uso da IA nas telcos passam pela predição, pelo aproveitamento de insights dos consumidores e podem se espalhar por toda a organização. Se por um lado foram desenvolvidos e implementados sistemas tolerantes a falhas e sistemas automatizados, os próximos passos seguem em direção aos sistemas autônomos, sistemas inteligentes, que operam sem supervisão. Na Telefonica, o uso da IA ajudou a empresa a fazer predições de falhas de torres de celular na Argentina com até 24 horas de antecedência.
O potencial trazido pela tecnologia e seus avanços abre novas portas para as telcos. A missão da liderança desse setor, que já vem adotando prontamente a inovação, está em usá-la para acompanhar as mudanças que vem pela frente e aproveitá-la para tomar as decisões necessárias para sua transformação, conforme se reinventam para melhor atender os clientes.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.