Os casters são profissionais treinados e capacitados para narrar, comentar, analisar e animar o público durante os campeonatos de e-sports. Com o crescimento do mercado brasileiro de games, que em 2022 movimentou US$ 2,4 bilhões no Brasil e, até 2024, globalmente, vai ultrapassar US$ 220 bilhões, surgiu também a necessidade de mais pessoas qualificadas e profissionalizadas.
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Tendo em vista o cenário promissor da categoria, por que não abrir espaço para grupos minorizados? Esse foi o questionamento levantado pela Riot Games, desenvolvedora de jogos como League of Legends e Valorant, que lançou, no último mês, uma parceria com a Revelah Casters, projeto de desenvolvimento de mulheres cis, trans e pessoas não-binárias na atuação como casters. O objetivo: capacitar a comunidade LGBTQIA+ por meio de workshops.
Por que diversidade nos games é importante?
A diversidade no universo gamer, principalmente do lado interno das empresas, é essencial no combate ao bullying virtual. Além de criar possibilidades em prol de jovens profissionais e entusiastas que não eram representados e acolhidos. Layze “Lahgolas” Brandão, caster e idealizadora da Revelah Casters, conta que recebe “muitas mensagens de pessoas que começaram a ter o sonho de serem casters” por vê-la nas transmissões. “Esse é um grande indicativo da importância da representatividade e de ter pessoas diversas dentro dos e-sports.”
Carlos Antunes, head de e-sports da Riot Games no Brasil, comenta o propósito da ação: “Todo ano a Riot faz uma série de ativações com o objetivo de celebrar a comunidade LGBTQIA+ dentro do mundo gamer. Em 2023, nós demos alguns passos a mais. Decidimos não só celebrar, mas também incluir. Quando se trata de inclusão, não existe teoria, precisamos ter essas pessoas internamente.”
Conteúdo e vivências profissionais
De acordo com a PGB, das áreas que os jogadores são mais otimistas com oportunidades de emprego, destacam-se criação de conteúdo (68,3%); publicação ou marketing (68%); programação (66%); efeitos visuais (65,7%); e arte, ilustração ou animação de jogos (65%): formações contempladas pela iniciativa.
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Para Maria Julia “Fogueta” Junqueira, caster e apresentadora de e-sports, a iniciativa possibilita aos participantes atuarem até mesmo fora do ecossistema dos jogos online. “Você pode trabalhar como apresentador, social media, jornalista, fazendo transmissões, sendo juiz de campeonato, etc…. Enfim, existe uma gama de funções que ainda podem ser exploradas nos e-sports.”