O banco central da Turquia manteve a taxa de juros em 17% (nível mais alto em qualquer economia avançada ou emergente) nos últimos dois meses, como era esperado para hoje (18), e manteve o tom “hawkish” (que define uma política mais austera) ao prometer uma política monetária mais apertada se necessário para conter a inflação que chegou a 15%.
No final do ano passado, o novo presidente do banco central turco, Naci Agbal, elevou a taxa de recompra de uma semana em 675 pontos básicos para tirar a lira turca (moeda em circulação no país) de mínima recorde, e para lidar com uma inflação anual que ficou em dois dígitos pelos últimos três anos. A lira se firmou ligeiramente para 6,94 contra o dólar, de 6,95.
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“A postura de política monetária apertada será mantida de forma decisiva, levando em conta a meta projetada para o fim de 2021, por um período prolongado até que indicadores fortes apontem para uma queda permanente na inflação e para estabilidade de preços”, disse o comitê de política monetária após a reunião mensal. “Um aperto adicional será adotado, se necessário”, completou.
Após queda de 20% no ano passado, a moeda se recuperou nos últimos três meses e superou pares de mercados emergentes por expectativas de políticas mais ortodoxas, apesar das repetidas críticas do presidente Tayyip Erdogan aos juros altos.
Em pesquisa da Reuters, a mediana das estimativas de 21 economistas era de que não haveria mudanças nos juros, mas cinco esperavam alta a 18%. O banco central espera que a inflação anual caia para uma meta de 5% em três anos. (com Reuters)
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