O navio Ever Given, de 400 metros, comprimento quase tão longo quanto a altura do edifício Empire State, está bloqueando o trânsito em ambas direções em um dos mais movimentados canais de navegação do mundo, pelo qual trafegam petróleo e grãos, ligando a Ásia à Europa.
VEJA TAMBÉM: ONU indica que recuperação do comércio global deve estagnar no 1° tri
“Nós não podemos descartar que isso possa levar semanas, dependendo da situação”, disse o CEO da empresa holandesa Boskalis, que está tentando liberar o navio, Peter Berdowski, em entrevista ao programa de televisão holandês “Nieuwsuur”.
Um total de 156 grandes navios porta-contêineres, petroleiros transportando petróleo e gás e navios graneleiros com grãos precisaram recuar em ambas as extremidades do canal, disse a Leith Agencies, do Egito, criando um dos piores engarrafamentos de navios já vistos em anos.
O bloqueio vem em meio a impactos sobre o comércio mundial já causados desde o ano passado pela Covid-19, que gerou altas taxas de cancelamento de navios, escassez de contêineres e lentidão na movimentação nos portos.
A gigante do transporte marítimo Maersk disse em um comunicado a clientes que teve sete navios afetados.
Berdowski disse que a proa e a popa do navio foram erguidas em ambos os lados do canal.
LEIA TAMBÉM: Líderes da Ásia-Pacífico pedem livre comércio para recuperação econômica
Aproximadamente 30% do volume mundial de contêineres de transporte transita pelos 193 quilômetros do Canal de Suez diariamente, e cerca de 12% do comércio global total de todas as mercadorias.
Especialistas em transporte marítimo dizem que, se o bloqueio não for eliminado nos próximos dias, alguns navios podem ter que mudar de rota pela África, o que adicionaria cerca de uma semana à viagem. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.