O estudo “Oportunidades de Investimento em Infraestrutura Sustentável” lista oito setores – energia de baixo carbono, iluminação pública, saneamento, resíduos sólidos, portos e hidrovias, telecomunicações e transporte urbano – que sob um conjunto de variáveis podem, aliado aos investimentos, criar cerca de 2,4 milhões de empregos e acrescentar R$ 4,5 trilhões de reais ao Produto Interno Bruto (PIB) do país no período.
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Assim como ocorreu lá, os autores do estudo recomendam que o Brasil amplie o apoio às agências reguladoras, faça ajustes na política de concessão de subsídios, e amplie o uso de parcerias públicos-privadas em municípios, entre outros, para atrair o capital privado necessário para preencher lacunas.
O aparato contribuiria para ajudar a reduzir os custos de capital e, por consequência, tornaria os projetos mais sustentáveis também do ponto de vista financeiro.
Só para projetos de energia limpa e de telecomunicações, o estudo afirma que o Brasil pode atrair quase 2 trilhões de reais, criar cerca de 1,72 milhão de empregos e criar um valor agregado de R$ 2,7 trilhões de reais.
“Mas há um elemento recente positivo, acelerado durante a pandemia, que é o fortalecimento do interesse por investimentos sustentáveis”, disse à “Reuters” Katia Fenyves, gerente do Brazil Green Finance Programme, autor do estudo.
A entidade avalia também que, apesar da recessão no Brasil desde 2015, é realista ser otimista de forma cautelosa sobre as perspectivas de investimento na infraestrutura sustentável, dada a demanda do mercado nos setores de saneamento, resíduos sólidos, telecomunicações, portos e ferrovias.
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Projetos de saneamento, estima o relatório, devem responder por 14% dos investimentos totais, para atender cerca de quatro milhões de pessoas sem acesso a água potável e 24 milhões sem saneamento básico. Obras para transporte urbano e portos e hidrovias aparecem a seguir com 14% e 11% dos investimentos, respectivamente.
O estudo não leva em conta os impactos potenciais nas premissas de investimento provocadas pela pandemia da Covid-19 e tende a ser atualizado até o final do ano, segundo Fenyves. (Com Reuters)
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