Apesar da expectativa por uma trajetória de alta nos juros, as taxas ainda baixas resultam em atratividade para a renda variável
O início da normalização da política monetária ainda não deve impactar no apetite do mercado por ativos de renda variável, entre eles os papéis das empresas consideradas boas pagadoras de dividendos. Essa é a leitura da estrategista de ações da XP Inc, Jennie Li: “A taxa de juros ainda continua em níveis muito baixos. Se você olhar a taxa de juros real (nominal subtraída a inflação), ela ainda continua em território negativo, então títulos de renda fixa continuam sendo ativos que providenciam rendimentos em patamares muito baixos”, afirma.
As perspectivas para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para a primeira semana de maio, é de nova elevação da taxa básica de juros da economia. A última alta, em março, veio acima das expectativas dos analistas, com elevação de 0,75 p.p. (ponto percentual), para o patamar de 2,75% ao ano.
O Boletim Focus da última segunda-feira (19) mostrou que os agentes de mercado projetam a taxa em 5,25% até o fim de 2021. A inflação, por sua vez, é projetada em 4,92% para o período.
Neste contexto, os “investidores que querem buscar mais rendimento para crescer seu patrimônio vão ter que continuar a tomar risco em forma de ações”, destaca Jennie.
A Forbes compilou os destaques do último relatório da XP sobre as melhores pagadoras de dividendos. A composição da carteira inclui uma perspectiva de frequência contínua de pagamentos dos dividendos, gestão de qualidade e modelo de negócios sólido em setores perenes de atuação da economia na visão dos analistas, além de dividend yield atrativo, entre outros fatores.