No Forbes Radar de hoje (16), as empresas anunciaram as operações do primeiro trimestre de 2021. A MRV teve R$ 1,7 bilhão em lançamentos, o maior resultado da história da construtora no período de janeiro e março, a Tenda bateu recorde no VGV (valor geral de vendas), fechando os primeiro três meses do ano em R$ 610,3 milhões, uma alta de 268,6% ano a ano e a Lavvi terminou o 1º trimestre com as vendas líquidas em R$ 86,1 milhões, 217,9% acima do ano passado.
A Telefônica Brasil destinou o montante de R$ 280 milhões para o pagamento de JCP (juros sobre capital próprio), sendo R$ 0,166 por ação e a BR Distribuidora também informou que irá pagar R$ 498 milhões, sendo R$ 0,4278004 por ativo.
O conselho administrativo da Petrobras se reúne hoje para decidir a composição da nova diretoria executiva. Também será definido se o general Silva e Luna será oficialmente eleito CEO da companhia.
Veja estes e outros destaques corporativos do dia:
MRV (MRVE3)
A MRV anunciou que teve R$ 1,7 bilhão em lançamentos no primeiro trimestre, o maior resultado da história da construtora para o período de janeiro a março e alta de 58% ante mesma etapa de 2020.
“A demanda continua forte”, disse o copresidente da MRV, Rafael Menin, ao explicar que o início de um ciclo de alta de juros pelo Banco Central, no mês passado, e o aumento dos insumos para a construção civil ainda não impactaram o setor.
As vendas da MRV no trimestre, porém, caíram 3,2% na comparação com mesmo período do ano passado, para R$ 1,62 bilhão, movimento atribuído pela companhia aos maiores intervalos em alguns repasses de recursos pela Caixa Econômica Federal.
Além disso, disse Menin, a MRV deu sequência à campanha de ter uma maior parcela dos imóveis negociados pelo modelo de venda garantida, isto é, quando são contabilizados só após o repasse do cliente ao banco financiador, o que elimina chances de inadimplência.
De janeiro a março, os imóveis da MRV negociados sob esse modelo representaram 65% do total, ante 42% no quarto trimestre e 30% no terceiro.
“Até o terceiro trimestre deste ano, devemos ter cerca de 100% das vendas nesse esquema”, disse Menin.
Segundo o executivo, as margens da companhia, que já foram pressionadas no final do ano passado devido ao forte aumento de preços de insumos para a construção civil, devem seguir afetadas nesta primeira metade de 2021, uma vez que a MRV tem conseguido repassar apenas parte desses ajustes.
Em relação aos juros, Menin disse que a alta da Selic em março, de 2% para 2,75% e a promessa de alta da mesma magnitude na próxima reunião do Copom, não teve impacto na procura por financiamento imobiliário.
O executivo disse ainda que a unidade da MRV nos Estados Unidos, AHS, deve reportar nos próximos dois a três trimestres o equivalente a US$ 290 milhões referentes a vendas feitas e que serão ainda contabilizadas.
Positivo (POSI3)
A Positivo Tecnologia comunicou ontem (15) acordo para licenciamento e incorporação das operações da marca de computadores Compaq em território brasileiro, sem divulgar os valores do negócio.
“A companhia vai fabricar e comercializar modelos de notebooks, desktops e all-in-one Compaq, marca da HP Inc., empresa resultante da fusão entre a CPQ (Compaq Computer Corporation) e a HP (Hewlett-Packard Company)”, detalhou.
Tenda (TEND3)
A Tenda bateu recorde em VGV (valor geral de vendas) em um primeiro trimestre, ao fechar de janeiro a março deste ano em R$ 610,3 milhões, um crescimento de 268,6% ano a ano.
As vendas líquidas tiveram alta de 60,1%, para R$ 703,9 milhões e brutas subiram 50,2%, para R$ 812,2 milhões.
A Tenda elevou os repasses dos recebíveis dos clientes para os bancos em 36%, para R$ 520,6 milhões.
Telefônica Brasil (VIVT3)
O conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou o montante de R$ 280 milhões para o pagamento de JCP (juros sobre capital próprio), sendo R$ 0,166 por ação, sem considerar o desconto de 15% no IR.
A data de pagamento não foi definida, mas será contabilizado apenas os investidores que tiverem posições acionárias na empresa até 30 de julho.
Petrobras (PETR4)
O conselho de administração da Petrobras se reúne hoje (16) para decidir a composição da nova diretoria executiva. Na ocasião, o colegiado também deve eleger oficialmente Luna como CEO.
Metade dos oito cargos de diretoria estão vagos, incluindo o de Finanças e Relacionamento com Investidores.
Quatro diretores optaram por deixar a empresa após o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidir em fevereiro trocar o então presidente Roberto Castello Branco.
Rodrigo Araujo está entre os candidatos e poderá ocupar a posição de diretor-executivo de Finanças e Relacionamento com Investidores, segundo as fontes.
O gerente-executivo Fernando Borges, que liderou o projeto do campo gigante de Libra, terá seu nome apresentado como candidato à diretoria de Exploração e Produção, de acordo com os interlocutores.
Já o gerente-executivo de Comercialização Claudio Mastella vai concorrer à área de Comercialização e Logística.
A Petrobras informou que não iria comentar.
Ao mesmo tempo, o Ministério de Minas e Energia aprovou acordo entre a Petrobras e a estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) que prevê compensações de US$ 6,45 bilhões à petroleira no caso de leilão de excedentes da cessão onerosa nos campos de Sépia e Atapu.
O valor, que deverá ser pago pelos vencedores da licitação das áreas, poderá ainda ser complementado a cada ano entre 2022 e 2023 caso o preço do petróleo atinja média anual superior a US$ 40 por barril, até um limite de US$ 70 por barril.
“O próximo passo para a realização da licitação, ao final de 2021, será a submissão para aprovação, pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), dos bônus de assinatura e das alíquotas mínimas de excedente em óleo para cada um dos campos”, disse o ministério, em comunicado divulgado em seu site.
Um acordo preliminar entre a Petrobras e a PPSA sobre os termos para o leilão havia sido divulgado na última sexta-feira (9), mas ainda dependia de aval do governo federal.
A compensação líquida à Petrobras será de US$ 3,253 bilhões para Atapu e US$ 3,2 bilhões para Sépia.
O ministro Bento Albuquerque disse no início do ano que o governo prevê realizar em novembro o leilão de excedentes da cessão onerosa nos blocos de petróleo e gás natural de Sépia e Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos.
A Petrobras assinou contrato com o governo em 2010 que deu à companhia o direito de produzir até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em áreas do que ficou conhecido como “cessão onerosa”. Mas as jazidas da região extrapolam esse volume, e por isso, a União busca leiloar o montante adicional.
Sépia e Atapu chegaram a ser oferecidos para investidores em um primeiro leilão de excedentes da cessão onerosa em 2019, junto com outros blocos, mas não receberam ofertas.
Incertezas sobre o valor das compensações à Petrobras, que antes deviam ser negociadas diretamente com a empresa, ajudaram a minar o interesse pelos ativos, segundo especialistas.
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Bank Of America (BOAC34)
O lucro do Bank of America mais do que dobrou no primeiro trimestre e superou as estimativas de Wall Street, uma vez que o banco reduziu provisões que havia reservado para cobrir potenciais perdas com empréstimos em razão da pandemia de coronavírus.
O segundo maior banco dos EUA em ativos desbloqueou US$ 2,7 bilhões de suas reservas e revelou um plano de recompra de ações de US$ 25 bilhões, ao apostar em uma rápida recuperação econômica impulsionada pela agilidade no processo de vacinação contra a Covid-19.
A receita de banco de varejo, no entanto, caiu 12%, para US$ 8,1 bilhões no trimestre encerrado em março. A NII (margem financeira), uma medida chave de quanto o banco pode ganhar com empréstimos, caiu 16%, para US$ 10,2 bilhões.
O lucro líquido aplicável aos acionistas ordinários aumentou para US$ 7,56 bilhões, ou US$ 0,86 por ação, de US$ 3,54 bilhões, ou US$ 0,40 por ação, um ano antes. Analistas esperavam, em média, um lucro de US$ 0,66 por ação, de acordo com dados IBES da Refinitiv.
Minerva Foods (BEEF3)
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, anunciou ontem (15) a meta de se tornar “carbono neutro” até 2035 e disse que investirá até R$ 1,5 bilhão em projetos que ajudem a reduzir as emissões em toda a cadeia produtiva até a data anunciada.
“A companhia se compromete a reduzir em 30% a intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos escopos 1 e 2 até 2030; e a manter sua matriz energética carbono neutro com 100% da energia advinda de fontes renováveis – meta já alcançada em 2020.”
A empresa disse em comunicado que o primeiro compromisso é garantir o fim do desmatamento ilegal em toda a cadeia de abastecimento na América do Sul.
“Seguiremos com o monitoramento geográfico em todos os territórios do Brasil e vamos expandir para 100% dos fornecedores diretos no Paraguai, em 2021; na Colômbia, em 2023; no Uruguai, em 2025; e nos demais países do continente até 2030”, disse em nota o diretor de Sustentabilidade da empresa, Taciano Custódio.
Até o fim deste ano, a Minerva disse que irá integrar a ferramenta Visipec a seu sistema de monitoramento geográfico para a Amazônia, que proporciona uma avaliação de riscos relacionados às fazendas fornecedoras indiretas. A ferramenta foi desenvolvida pela Universidade de Wisconsin em parceria com a National Wildlife Federation (NWF).
Além disso, os produtores rurais receberão a mesma tecnologia geoespacial que a companhia utiliza para obter melhores resultados de monitoramento no setor, por meio de um aplicativo de verificação de fornecedores desenvolvido pela Niceplanet Geotecnologia. O benefício será disponibilizado até dezembro deste ano no Brasil, e nos demais países até 2030.
A Minerva também afirmou que irá inserir 50% dos fornecedores de carne bovina no Novo Programa de Baixa Emissão de Carbono até 2030.
No mês passado, a concorrente JBS se comprometeu a zerar o balanço de suas emissões de gases de efeito estufa até 2040 nas operações globais, com o auxílio de um investimento de US$ 1 bilhão em soluções nos próximos 10 anos.
Apple (AAPL34)
A Apple criou um fundo de US$ 200 milhões para investir em propriedades florestais produtoras de madeira que serão gerenciadas para ajudar a remover o carbono da atmosfera e de forma lucrativa, afirmou a empresa ontem (15).
No ano passado, a Apple estabeleceu a meta de neutralizar suas próprias emissões de carbono e a de seus fornecedores até 2030. Ela disse que 75% da redução virá da eliminação de emissões por meio de iniciativas como uso de energia solar.
A Apple e a organização sem fins lucrativos Conservation International serão parceiras no chamado “Fundo de Restauração”, no valor de US$ 200 milhões, e o Goldman Sachs atuará como parceiro geral para gerenciá-lo. A Apple confirmou que será o maior investidor do fundo.
O fundo tem como meta gerar lucro investindo em propriedades florestais gerenciadas para produzir madeira comercial e aumentar a remoção de carbono. O objetivo é retirar cerca de 1 milhão de toneladas métricas de dióxido de carbono por ano.
Espaçolaser (ESPA3)
A Espaçolaser deu continuidade ao seu robusto plano de expansão e anuncia sua entrada em mais um mercado da América Latina: a Colômbia. Após investimento de mais de US$ 300 mil, a companhia inicia sua operação com modelo de negócio próprio, que conta com sede na capital Bogotá.
Com mais de 16 anos de atuação, a companhia – que cresceu nos últimos cinco anos em torno de 85% ao ano, alcançando um faturamento de R$ 990 milhões em 2020 – acredita no potencial do mercado latino, visto sua grande participação no setor de serviços de beleza. Desta forma, além das características semelhantes com hábitos cotidianos pelos consumidores da região, como a depilação, a experiência positiva em países que já atua, como é o caso da Argentina desde 2018, ampara essa expansão.
A Colômbia é o segundo país em que a Espaçolaser atua internacionalmente e o terceiro mercado da América Latina com o Brasil. Ao todo, a companhia conta com mais de 590 unidades no Brasil, além de seis unidades em operação na Argentina sob a marca Definit, e a recém-inaugurada operação da Colômbia, que opera em modelo proprietário.
Grupo Fleury (FLRY3)
O Grupo Fleury aprovou a formação do primeiro comitê ESG da companhia. De acordo com a empresa, “a criação desse comitê está alinhada à estratégia de adoção de melhores práticas sociais, ambientais e de governança, e no comprometimento do Grupo Fleury em cada vez mais assumir um papel de protagonismo neste tema que vem ganhando relevância, em decorrência de todo o impacto que tem sobre a sociedade atual e futuras gerações.”
O Comitê ESG terá como objetivo alavancar o desenvolvimento do trabalho que já vem sendo realizado pelo Grupo Fleury, e será formado por 4 membros, com Marcio Pinheiro Mendes, presidente do conselho de administração como coordenador, além de Glaucimar Peticov, diretora executiva do Bradesco, Cristiane Correa, jornalista e consultora e Jéssica Silva Rios, Partner and Head of Impact Measurement & Management da Vox Capital como membros.
BR Distribuidora (BRDT3)
A BR Distribuidora informou que o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de JCP em R$ 498 milhões, sendo R$ 0,4278004 por ação. Além da destinação de R$ 1,8 bilhão para dividendos, sendo R$ 1,56029 (a serem pagos e duas parcelas).
A assembleia-geral que determinou os pagamentos também aprovou os membros do conselho fiscal da companhia:
- Alexandre Antonio Germano Bittencourt, tendo como suplente o Sr. Caio Cesar Ribeiro
- João Verner Juenemann, tendo como suplente a Sra. Maria Carmen Westerlund Montera
- Rinaldo Pecchio Junior, tendo como suplente o Sr. Walbert Antonio dos Santos
Lavvi Empreendimentos Imobiliários (LAVV3)
A Lavvi Empreendimentos Imobiliários divulgou a prévia operacional da companhia no primeiro trimestre de 2021. As vendas líquidas fecharam em R$ 86,1 milhões, 217,9% superior ao mesmo período do ano passado.
O estoque ficou em R$ 161,1 milhões, dos quais apenas R$ 13,6 milhões, ou 26 unidades, correspondem a estoque pronto.
OI (OIBR3)
A OI informou que o prazo da 1ª emissão de debêntures da Brasil Telecom Comunicação, controlada indireta da OI, no valor de R$ 2,5 bilhões, foi prorrogado para 29 de abril.
EB Fibra
A provedora de banda larga em fibra óptica EB Fibra mapeou cerca de 200 empresas para aquisições no Brasil, enquanto se prepara para buscar recursos no mercado acionário para financiar seu plano de consolidação do setor no país, disse seu presidente-executivo, Pedro Parente.
“Queremos estar prontos o mais cedo possível”, disse Parente em entrevista à Reuters sobre planos para uma IPO da empresa. Ele não mencionou quando a operação poderia ocorrer.
(Com Reuters)
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