Segundo o levantamento, realizado com base na análise de 1,6 milhão de fretes entre janeiro e março, tanto construção quanto agronegócio ampliaram seus volumes em 60% na comparação anual, apoiados pelas concessões de crédito imobiliário em um cenário de baixa taxa de juros e pelo aumento do PIB agropecuário, respectivamente.
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No agronegócio, o crescimento de 60% em base anual ocorreu a despeito do atraso na colheita de soja, principal produto de exportação do Brasil, uma vez que fortes chuvas prejudicaram os trabalhos nos dois primeiros meses do ano, resultado em embarques 53% menores que os de igual período de 2020.
“Janeiro foi o pior mês desde 2014 (para a soja). O diferencial ficou em março, que teve uma recuperação histórica. Estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás se adiantaram na colheita e o Brasil conseguiu exportar 24% mais soja do que no mesmo mês do ano passado”, disse em nota o diretor de operações da FreteBras, Bruno Hacad.
Os produtos mais transportados no período foram fertilizantes, com alta de 102% ante o ano passado, “em uma clara antecipação da expectativa de safra recorde este ano”, afirmou a companhia, que também chamou atenção para as movimentações de soja (+55%) e milho (+42%).
“Qualquer previsão será altamente impactada pelo avanço do Plano Nacional de Imunização”, resumiu o relatório.
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PREÇO DO FRETE
Conforme dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) compilados pela FreteBras, o valor médio do diesel nos postos subiu mais de 15% em todas as regiões do país nos três primeiros meses de 2021.
“O aumento no combustível é extremamente preocupante porque representa de 40% a 50% dos custos dos caminhoneiros, mas não está sendo refletido na mesma proporção no valor do frete”, disse Hacad. (Com Reuters)
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