Na madrugada do último dia 18, o bitcoin chegou a registrar queda de 19% no exterior, negociado na casa dos US$ 52 mil. Segundo informações de agências internacionais de notícias, a queda refletiu a inundação de uma mina de carvão em Xinjiang, na China. O governo local precisou racionar e suspender o fornecimento de energia no país (responsável pela maior parcela da mineração de BTC do mundo). Sem energia elétrica, os mineradores de bitcoin tiveram que parar de trabalhar.
Os efeitos foram sentidos também nas altcoins (criptomoedas alternativas ao bitcoin), como o token ethereum caindo 20% na mesma madrugada, negociado ao preço de US$ 2.044,87, e no binance Coin, que declinou de cerca de 25%, negociado a US$ 432,51. O movimento também causou uma liquidação de US$ 10 bilhões em contratos futuros de criptomoedas, segundo a plataforma de negociação de moedas digitais Bybt Data, fazendo desaparecer US$ 300 bilhões em menos de 24 horas no mercado cripto.
“Os eventos que causaram as quedas nas moedas foram melhor absorvidos pelo mercado após análise dos impactos, ou seja, de certa forma, houve um exagero na correção dos preços e agora temos um melhor equilíbrio. Por ser livre mercado, não existem outras variáveis além de oferta e demanda para formação de preços dos criptoativos”, explica Igor Rodrigues, head de OTC do Mercado Bitcoin.
Durante o mês, os preços foram influenciados ainda pela notícia de que os Estados Unidos planejam dobrar a alíquota cobrada sobre ganhos de capital dos norte-americanos mais ricos e por vencimentos nos contratos futuros de bitcoins. As oscilações na casa dos bilhões, no entanto, não alteram os fundamentos das criptomoedas, segundo Rodrigues, acrescentando que tratam-se de correções num mercado ainda em desenvolvimento.
O outro lado da moeda
O rally da moeda digital foi amparado nos últimos meses pelo CEO da Tesla, Elon Musk, que atraiu a curiosidade de investidores e entre os seus seguidores nas redes sociais após tuítes e comentários sobre a altcoin.
Possibilidade de investimentos
Dada a grande volatilidade das criptomoedas, o especialista do Mercado Bitcoin sugere que o investimento em criptomoedas seja parte de um plano de longo prazo de qualquer investidor, com apenas uma pequena parte da carteira alocada em moedas digitais, entre “2% a 5% seja destinado a esses ativos”, recomenda Rodrigues.
Em sua estreia, o ETF movimentou R$ 156 milhões. Em evento online da Genial Investimentos, o head de distribuição da Hashdax, Stefano Sergole, avaliou que “o mundo digital tem muito para se amadurecer, com um momento regulatório prático, outras oportunidades irão aparecer.”
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