Por aqui, o segmento registrou alta no faturamento de 12,8% no ano passado quando comparado a 2019, atingindo R$ 789,2 bilhões – cifra que inclui tanto exportações quanto vendas para o mercado interno. Esse resultado representa 10,6% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo pesquisa da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). Em 2019, foram R$ 699,9 bilhões. Enquanto isso, a M. Dias Branco contabilizou índices de crescimento bem melhores do que a média do setor: a receita líquida, de R$ 7,3 bilhões, foi 18,8% maior do que em 2019. Já o lucro, de R$ 763,8 milhões, registrou alta de 37,2% em relação ao ano anterior.
LEIA MAIS: Agronegócio e programa federal fazem Marcopolo dobrar aposta em micro-ônibus
Em entrevista exclusiva à Forbes, Gustavo Theodozio, vice-presidente de investimentos e controladoria do grupo, reconhece que 2020 foi um ano desafiador e transformador, mas com bons resultados para a companhia. Ele assumiu o cargo em fevereiro do ano passado, sucedendo Geraldo Luciano Mattos Júnior, com o desafio de, logo de cara, enfrentar uma pandemia de proporções gigantescas. O cenário o obrigou a pensar em soluções e estratégias, que tiveram de ser implementadas em curto espaço de tempo. E agora a ideia é expandir, chegando a regiões com grandes potenciais comerciais.
O ambicioso plano de expansão começou a ser implementado no ano passado. E a estratégia de marketing, que inclui parcerias com outras marcas e anúncios publicitários frequentes, têm desempenhado um papel fundamental na captação de clientes em regiões diferentes daquelas onde a companhia já tem presença massiva. Exemplo disso é a ação “Festa da Piraquê”, no Big Brother 2021, da Rede Globo, que teve a paraibana Juliette Freire como campeã. “A gente tem que gastar. Sabemos que é investindo muito em propaganda que vamos suportar esse plano de crescimento. Estamos apostando também em novas linhas de produção para lançar, por exemplo, uma linha de snacks. E, recentemente, lançamos produtos com chocolate.”
Para o executivo, entender a mudança de mercado e os novos hábitos dos consumidores são dois fatores considerados essenciais. “Nossa estratégia divide o Brasil em dois. Na defesa, estão o Norte e Nordeste, enquanto no ataque temos o Sul e o Sudeste. A ideia é, de um lado, proteger nosso mercado principal, e, de outro, avançar. Para conseguir colocar esse plano em prática, passamos a olhar também para startups brasileiras”, ressalta Theodozio, que selecionou, no começo de março, três empresas (a IndustryCare, a ST-One e a MInT Consultoria) para a entrega de um projeto-piloto, a última fase do Germinar Tecnologia, iniciativa de aceleração da companhia que consumiu R$ 1 milhão em recursos. O objetivo é que as soluções propostas pelas startups ofereçam ganhos de eficiência operacional e redução de custos em alinhamento com a Indústria 4.0.
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.