Em comunicados, Marfrig e BRF confirmaram as transações, que já haviam sido divulgadas antes na imprensa. O negócio somou 196,68 milhões de papéis, comprados via leilões em bolsa.
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A empresa também disse que não foram celebrados contratos ou acordos sobre direito de voto.
O movimento da Marfrig evidencia a força da divisão da empresa na América do Norte, onde a demanda tem sido forte e os preços do gado, relativamente baixos. Isso impulsionou o preço das ações da empresa em relação às da BRF, cujas margens foram comprimidas pela maior dependência do Brasil.
Os ativos das empresas têm complementaridade, dado o foco da Marfrig em bovinos e, da BRF, em aves e suínos. As duas competem com a rival e líder de mercado JBS, que tem uma base de produção diversificada que inclui vendas de alimentos processados e três tipos de proteínas.
As ações da BRF, que vinham subindo nos últimos dias em meio a negociações atípicas e elevados volumes, saltaram com as notícias e fecharam em alta de 16,2%, a R$ 23,16.
Já o papel da Marfrig teve queda de 5,2%, a R$ 19,04.
Os frigoríficos brasileiros têm visto os lucros aumentarem nos últimos anos, ajudados pelo fortalecimento da demanda da China, especialmente a partir de 2018, quando uma peste mortal que afeta suínos forçou o abate de milhões de animais, abrindo espaço para importações de empresas estrangeiras.
Antes da operação desta semana, as empresas haviam discutido uma possível aquisição da BRF pela Marfrig, mas interromperam as negociações em julho de 2019.
A compra pela Marfrig das ações da BRF foi noticiada primeiramente pelo jornal Valor Econômico. (Com Reuters)
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