Michelle Zatlyn, cofundadora da empresa de segurança e infraestrutura para web Cloudflare, é a mais nova bilionária de tecnologia, logo após as ações da empresa atingirem um novo recorde na tarde de ontem (6). Os papéis fecharam o dia a US$ 108,93 na Nasdaq – mais que o dobro do ano anterior – elevando o patrimônio líquido da Zatlyn para US$ 1 bilhão.
Zatlyn, que atua como presidente e diretora de operações da empresa de São Francisco, nos Estados Unidos, possui cerca de 5% das ações da Cloudflare. Ela é a segunda bilionária da Cloudflare, seguindo o cofundador e CEO Matthew Prince, cuja participação de 13% o ajudou a atingir a marca de US$ 1 bilhão em maio de 2020. A fortuna de Prince valia US$ 4 bilhões no fechamento do pregão de ontem (6).
A Cloudflare protege os websites de mais de 4 milhões de clientes contra ameaças de segurança, como ataques de DDoS (ataque de negação de serviço, na sigla em inglês), em que hackers procuram impossibilitar o tráfego em páginas na internet. A empresa afirma que bloqueia 70 bilhões de ameaças cibernéticas por dia.
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A companhia abriu capital em setembro de 2019, precificando sua ação a US$ 18,00. O preço de suas ações tem subido constantemente desde o IPO, especialmente durante a pandemia, já que o uso da internet cresceu. Os papéis acumulam valorização próxima de 500% em relação ao preço do IPO.
De acordo com o levantamento da We Are Social e Hootsuite de janeiro de 2021, existem 4,66 bilhões de usuários na rede e 5,22 bilhões de usuários com dispositivos móveis. Se considerarmos a população mundial de 7,8 bilhões de pessoas, então mais da metade do mundo está conectada na internet.
No ano passado, a receita da Cloudflare cresceu para US$ 431 milhões, ante US$ 287 milhões em 2019, embora suas perdas líquidas anuais também tenham aumentado para US$ 119 milhões em 2020, ante US$ 106 milhões no ano anterior.
A Cloudflare foi fundada em 2009 por Prince e Zatlyn, que se conheceram na universidade de Harvard, e por um terceiro cofundador, Lee Holloway, que trabalhou com Prince em um um projeto chamado Honey Pot, que buscava rastrear ameaças na internet. Holloway deixou a empresa em 2016 por ter sido diagnosticado com demência frontotemporal, uma doença neurológica rara.
A Cloudflare reconheceu há alguns anos críticas por fornecer serviços a clientes polêmicos, como The Daily Stormer e 8chan. Apesar da empresa defender sua posição de apoio à liberdade de expressão, acabou encerrando seus negócios com ambos – principalmente com a 8chan, após um tiroteio em massa em El Paso, no Texas, em agosto de 2019. O atirador publicou um manifesto no site da 8chan.
No ano passado, a Cloudflare forneceu serviços gratuitos para sites eleitorais antes das eleições de 2020 nos EUA, bem como para distribuidores de vacinas para a criação de filas digitais para atender à alta demanda na campanha de vacinação contra a Covid-19. A companhia também anunciou uma parceria com a JD Cloud & AI, uma subsidiária da gigante chinesa de comércio eletrônico JD.com, para operar e dar suporte a 150 data centers em toda a China.
A Cloudflare não respondeu a pedidos de comentários pela Forbes.
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