A taxa de desemprego chegou a 14,6% nos três meses até maio, depois de ter registrado o recorde de 14,7% nos dois trimestres imediatamente anteriores, fechados em março e abril. Entre março e maio de 2020 a taxa tinha sido de 12,9%.
No período, o Brasil registrava ainda 14,795 milhões de desempregados, de acordo os dados apurados pela Pnad Contínua, o que representa alta de 2,6% sobre o trimestre imediatamente anterior, de dezembro a fevereiro, e avanço de 16,4% ante o ano anterior.
Mas o total de pessoas ocupadas também aumentou, chegando a 86,708 milhões entre março e maio, ganho de 809 mil em relação ao trimestre anterior e de 772 mil sobre o mesmo período de 2020.
A expansão da ocupação, segundo a analista da pesquisa, Adriana Berenguy, reflete o avanço de 3,0% dos trabalhadores por conta própria, única categoria profissional que cresceu no período.
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O mercado de trabalho, em geral o último a se recuperar de crises, ainda reflete os fortes impactos causados pela pandemia de coronavírus, em meio às restrições para conter o avanço da doença.
No setor privado, o total de empregados com carteira assinada no trimestre até maio teve alta de 0,3% sobre o trimestre imediatamente anterior, enquanto o contingente dos que não tinham carteira subiu 0,1%.
“Contudo, se olharmos o trimestre pré-pandemia (dezembro a fevereiro de 2020), os informais somavam 38,1 milhões de pessoas a uma taxa de informalidade de 40,6%. Ou seja, por mais que os informais venham aumentando sua participação na população ocupada nos últimos trimestres, o contingente ainda está num nível inferior ao que era antes da pandemia”, disse Berenguy.
O nível de ocupação, de 48,9%, continua abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.
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