A Forbes conversou com quatro especialistas no assunto para entender se este é o momento correto de buscar novas oportunidades de investimento no exterior.
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Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, aponta que o dólar se encontra pelo menos 20% mais alto do que deveria e ninguém sabe qual é o futuro dele. “Não há momento ideal para começar a investir fora do Brasil”, diz.
Assim, para ele, a maneira mais inteligente de diversificar a carteira é tratar investimentos do Brasil no Brasil e investimentos do exterior no exterior. “Basicamente, você vai tratar em duas moedas diferentes e não vai ter o efeito do câmbio, ou seja, se você tem dinheiro aqui e aplica lá fora que rende 10% ao ano e o dólar cai 10% ao ano, a aplicação vai ter rendimento zero”, explica.
“Por outro lado, se você tivesse mandado dinheiro para o exterior e contasse com a valorização, teria o montante em dólar e saberia quanto ganhou com muito mais facilidade.”
“A moeda tem uma relação mais ou menos inversa com a bolsa. Isso significa que, no geral, quando a bolsa cai, o dólar sobe, então é preciso ter algo de dólar na carteira. Assim, em momentos de queda, [o investidor] tem algum ponto para se apoiar. Ele pode servir como proteção contra quedas bruscas”, avalia Bernardino.
Outra recomendação que é unanimidade entre os analistas é fazer aportes periódicos, independentemente da estratégia de investimentos. Assim, é possível aproveitar momentos de maiores altas e quedas sem apostar tanto dinheiro de uma vez só.
“Fora do brasil, existem muitas oportunidades, com milhares de empresas nas bolsas, então você pode navegar em diversas direções. Como é muito difícil prever o ponto em que vai estar uma moeda, o aporte periódico pode ser benéfico para seus investimentos”, comentou Andrey Nousi, CFA, e CEO da Nousi Finance.