Autoridades financeiras mundiais acompanham de perto o uso de criptomoedas durante a guerra na Ucrânia por preocupações de que os ativos possam estar sendo usados para contornar sanções impostas pelo Ocidente contra Moscou e seus aliados.
Algumas corretoras de criptomoedas rejeitaram pedidos de interrupção de operações de todos os usuários russos, o que levou a preocupações de que ativos digitais possam estar sendo utilizados para que alvos das sanções movimentem seus recursos.
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A Ucrânia já levantou mais de US$ 100 milhões em criptomoedas depois de publicar apelos em redes sociais com pedidos para doações de recursos em bitcoin e outros ativos eletrônicos.
“Estamos monitorando a situação relativa ao uso de criptos no conflito”, disse Patrick Armstrong, membro do secretariado do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), durante conferência em Londres.
O FSB, que agrupa reguladores financeiros, bancos centrais e autoridades de ministérios de finanças das 20 maiores economias do mundo, está compartilhando informações entre seus membros, disse Armstrong.
John Glen, ministro de Serviços Financeiros do Reino Unido, afirmou durante a mesma conferência que passos já foram tomados pelo país para impedir o uso de criptomoedas em atividades de lavagem de dinheiro e financiamento de ações terroristas.
Acreditamos que tais medidas vão de forma ativa dar suporte à resposta do governo à invasão da Ucrânia pela Rússia, afirmou Glen.
Mas David Raw, da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, afirmou que 90% das empresas de cripto que buscavam aprovação para estabelecimento de medidas de controle contra lavagem de dinheiro retiraram seus pedidos ou têm recebido recusas pois não estão cumprindo padrões de operação.
Todas as empresas que possuem atividades relacionadas a moedas digitais no Reino Unido têm até o final deste mês para obterem aprovações e se regularizarem.
“Não acabamos em relação às medidas sobre criptomoedas”, disse Raw.