A Forbes Brasil conversou com especialistas para entender quais são as piores decisões das quais você precisa fugir, como investidor iniciante ou até mesmo de longa data, para que os seus investimentos não sejam impactados de forma negativa. Confira:
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1. Não conhecer o seu perfil como investidor
Com isso estabelecido, é possível entender qual a sua tolerância a risco, decidir quais os objetivos financeiros, o prazo esperado para retornos e a necessidade de liquidez.
“Caso a pessoa perceba que ela se encaixa em um perfil conservador, por exemplo, é preciso buscar opções menos voláteis, como a renda fixa. Com isso, é possível definir quais são as melhores oportunidades dentro deste tipo de investimento”, diz o especialista.
2. Achar que rentabilidade passada é sinônimo de rentabilidade futura
Passado não é garantia de futuro, alerta Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Por mais que um investimento tenha dado muito certo, isso não significa necessariamente que ele continuará dando certo no momento atual. Muitas coisas podem acontecer e, por isso, é preciso se manter informado.
Para Moliterno, também não adianta olhar para a performance de hoje e achar que ela vai continuar rendendo na semana seguinte: “É preciso entender o porquê do investimento ter valorizado naquele momento, avaliando se foi um caso excepcional ou se tem algum outro fator que possa trazer mais segurança para o ativo.”
3. Acreditar em promessas mirabolantes
Já pensou investir R$ 100 e ter um retorno de R$ 100 mil em um curto prazo? Parece duvidoso, certo? Gonçalves alerta que promessas de rentabilidade muito acima do que o mercado pratica estão cada vez mais comuns na internet e, por isso, é importante ter cautela para não cair em golpes.
“Claro que existem bons negócios que podem trazer rendimentos excelentes, mas é preciso ir com calma, principalmente quando o investidor é iniciante. Para evitar isso, busque sempre informações corretas por meio de profissionais”, alerta o especialista.
Moliterno também alerta sobre não cair em papo de terceiros: “Não é porque um amigo conseguiu uma rentabilidade boa em um investimento que o outro conseguirá o mesmo. É preciso entender se o momento continua favorável, qual o nível de risco do produto e o período de carência, que podem não ser aquilo que a pessoa procura”.
4. Não ter uma reserva de emergência
Para o especialista Abner Gonçalves, é importante manter uma reserva de emergência antes de construir uma carteira a longo prazo para começar a investir de uma forma mais segura. “Para isso, é preciso fazer uma leitura da quantidade dos gastos médios e criar uma reserva que consiga cobrir entre 6 e 12 meses, o que varia de acordo com o perfil da pessoa”.
“Também é essencial ter consciência do momento atual da vida financeira. Caso tenha muitas dívidas, por exemplo, o foco precisa ser em conseguir descontos e quitá-las, para que elas não virem uma bola de neve e atrapalhem rendimentos futuros”, alerta o especialista.
5. Se basear apenas na emoção
“O passado tem um valor histórico muito importante na hora de você tomar uma decisão, mas ele não é o único ponto. É preciso realizar uma análise cautelosa, considerando todos os riscos, ou ao menos o máximo possível, levando em conta a razão e nunca somente a emoção”, explica.
O especialista complementa que não é só porque saiu uma notícia boa sobre uma empresa, ou uma ruim, que é hora de comprar ou vender as ações. “A informação é crucial, mas filtre para que não haja conflitos. Se mantenha atualizado, mas entenda que nem toda notícia afetará o investimento. Respire fundo e vá atrás de opiniões de especialistas”, conclui Gonçalves.
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