Em painel do BIS (Banco de Compensações Internacionais) sobre o papel dos bancos centrais na transição verde, Campos Neto apresentou possíveis alternativas para governos lidarem com a disparada de preços desses insumos.
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Campos Neto disse que países podem ser liberais e deixar os preços flutuarem até alcançarem equilíbrio, mas avaliou que essa alternativa não é socialmente ou politicamente viável.
A segunda opção, que tem tido a preferência de países segundo ele, é a interferência em preços de commodities, como petróleo e energia.
O presidente do BC voltou a dizer, porém, que essa ideia impacta negativamente investimentos e compromete o setor produtivo.
Na apresentação, Campos Neto também afirmou que o Banco Central vai monitorar e divulgar riscos gerados pelas mudanças climáticas e ameaças desses eventos para a estabilidade financeira.
Em setembro do ano passado, o BC anunciou novas regras que obrigam os bancos a incorporar a seus testes de estresse riscos relacionados a eventos como secas, inundações e incêndios, a partir de julho de 2022.
Para o presidente do BC, o Brasil está muito conectado com a volatilidade de preços de alimentos e viveu vários eventos climáticos recentemente que impactam o setor, junto com a pandemia de Covid-19.
Campos Neto afirmou que o redesenho das cadeias globais de valor gerado pela pandemia e a guerra na Ucrânia vai consumir mais energia e ser menos eficiente. Ele ressaltou que o cenário atual tem sinais vermelhos nas áreas de energia e alimentos, com investimentos travados e impacto sobre preços.