A Target divulgou hoje (17) uma queda de 90% no seu lucro trimestral e vendas comparáveis mais fracas que o previsto, à medida que uma política de descontos agressivos não conseguiu reverter o impacto da redução nos gastos de consumidores com bens discricionários.
Os varejistas dos Estados Unidos reduziram suas projeções de lucro nas últimas semanas, uma vez que consumidores pressionados pelos preços mais altos dos produtos em geral, de pasta de dente a gás, vêm cortando gastos com itens como vestuário e eletrônicos.
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A Target, que depende mais de categorias discricionárias, foi mais impactada em comparação com varejistas como Walmart, que vendem uma porção maior de alimentos e outros itens essenciais do dia a dia.
As ações da Target, empresa com sede em Minneapolis, caíam 3,3% nas negociações pré-mercado.
A margem operacional da empresa caiu para 1,2% no segundo trimestre, de 9,8% um ano antes, devido aos custos relacionados a uma redução de mercadorias em excesso.
A varejista reiterou que voltará a uma taxa de margem operacional anual de cerca de 6%, mas disse que ainda está “cautelosa” na demanda por itens discricionários.
“A grande maioria dos custos para colocar nosso estoque onde queríamos ficou para atrás… estamos bem posicionados para ver um melhor desempenho de lucro na segunda metade do ano”, disse o diretor financeiro da Target, Michael Fiddelke, em uma teleconferência.
As vendas comparáveis da Target subiram 2,6% no trimestre encerrado em 30 de julho, abaixo da estimativa média dos analistas de aumento de 3,3%, segundo dados compilados pelo IBES, da Refinitiv.
A empresa divulgou lucro de 183 milhões de dólares, ou 0,39 dólar por ação, enquanto analistas esperavam lucro de 0,72 dólar por papel.
Mesmo com os agressivos descontos, o estoque subiu 1,6%, para 15,3 bilhões de dólares, no final do trimestre em relação ao período imediatamente anterior. Os analistas estimavam uma queda de 21%.
O aumento no estoque se deve ao fato de a empresa ter acelerado as remessas com fornecedores de produtos para os períodos de volta às aulas e compras para o período de férias em um ambiente ainda “instável” da cadeia de suprimentos, disse o presidente-executivo da Target, Brian Cornell.
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