A startup Cobli, que faz gestão de frotas, recebeu um aporte de US$ 20 milhões, liderado pelo IFC (International Finance Corporation), empresa de investimentos do Banco Mundial, e pelas empresas de investimento internacionais Qualcomm Ventures, Fifth Wall e NXTP. Segundo Rodrigo Mourad, CEO e um dos fundadores, os recursos serão investidos no desenvolvimento dos produtos que a empresa já criou.
Fundada em 2017, a empresa usa tecnologia para reduzir gastos de combustível e de manutenção dos veículos, e também para fiscalizar o comportamento dos motoristas, de modo a prevenir acidentes, por imprudência ou cansaço. “Nossos sistemas conectam os veículos por meio da internet e analisam milhares de dados coletados”, diz Mourad. “Isso permite que orientemos os clientes de maneira a reduzir riscos e custos.”
A Cobli informa ter 5 mil empresas clientes e monitora 100 mil veículos, dos quais 80% são automóveis e 20% são veículos pesados. Os maiores clientes estão em empresas de tecnologia, saneamento, comércio eletrônico e construção civil.
Segundo o CEO, o espaço para crescimento é amplo. “A logística no Brasil é uma atividade de massa, que envolve cerca de 2 milhões de caminhões e 9 milhões de veículos leves, e há muito espaço para aumento de produtividade com o uso da tecnologia”, diz ele. “No Brasil, cerca de 20% dos veículos usam algum recurso de telemetria ou internet das coisas, ao passo que nos Estados Unidos essa participação chega a 60%.”
A empresa não divulga o faturamento, nem a participação adquirida pelos investidores na nova rodada de levantamento de recursos. A Cobli informa ter 400 funcionários. Em maio, a companhia demitiu 23 pessoas em um processo de ajuste das atividades.