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Pernambucana de João Alfredo, município com 27 mil habitantes, Jullie contou à Forbes como vai investir o dinheiro do prêmio. “Vou comprar uma casa para a Carmelita, minha mãe do coração, e pagar as despesas das disciplinas para o preparatório de diplomata.”
Jullie estuda para o concurso público do Itamaraty há mais de dois anos, o que a ajudou a responder às perguntas de conhecimentos gerais do programa. “Os temas coincidem com a trilha do milhão. A gente tem que entender de tudo um pouco.”
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Hoje, equilibra os estudos com a liderança do Grupo Coros, empresa de marketing digital com mais de 50 clientes que fundou em 2014. O interesse pelo empreendedorismo veio cedo. “Com 12 anos, criei um jornalzinho no interior de Pernambuco e fazia de tudo, desde escrever até articular os patrocínios”, lembra. “Meu primeiro salário foi R$ 2 mil e fiquei encantada com a autonomia que aquilo podia me dar.”
Antes de fazer jornalismo, começou a estudar medicina em Cuba e voltou ao Brasil em 2008 buscando mais “liberdade”. Passou por redações locais e teve a oportunidade de ir para o Haiti a convite da ONU (Organização das Nações Unidas). A viagem rendeu um livro, “Caro Haiti”, e uma bolsa para fazer mestrado em Madri, mas não pôde ir, pois precisou cuidar da mãe, que acabou falecendo.
“As mulheres não disputam em igualdade”, observa, levantando a questão da economia do cuidado, que, estudos mostram, recai desproporcionalmente sobre as mulheres. “Eu tenho uma filha com autismo, uma agência de comunicação, uma casa para administrar e uma rede de apoio que é extremamente limitada, mas eu cheguei lá.”