A baixa representatividade feminina afeta todo o mercado brasileiro, mas é ainda pior no ecossistema de inovação. A afirmação é de Lilian Natal, líder de comunidade na empresa de inovação aberta Distrito, que está lançando a “Female Founders”, uma pesquisa realizada em parceria com a Endeavor, rede global de empreendedorismo de alto impacto, e a B2Mamy, primeira empresa que capacita e conecta mães ao ecossistema de inovação.
“Não temos predominância feminina em nenhum dos setores. Nos juntamos a outras duas grandes organizações do ecossistema para projetarmos uma economia mais igualitária, sustentável, equilibrada e justa”, diz Lilian.
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A iniciativa é o ponto de partida para fomentar a participação de mulheres neste mercado, já que compreender os diferentes aspectos do empreendedorismo feminino no país, dos desafios para a entrada, à permanência e ascensão de mulheres no universo da inovação, é fundamental. A pesquisa vai ouvir empreendedoras à frente de startups early-stage, scale-up</strong, later-stage e até unicórnio. A partir do entendimento deste cenário, a ideia é que o levantamento sirva como um direcionamento para o aumento da representatividade feminina entre as jovens empresas de base tecnológica do país.
“Queremos mais mulheres à frente das scale-ups, as empresas que mais crescem no país. Esses dados nos ajudarão a construir um diagnóstico, permitindo entender diferentes aspectos dos desafios enfrentados por estas empreendedoras ao longo de suas jornadas. Só assim teremos um ecossistema mais diverso e inclusivo”, diz Renata Mendes, diretora de relações institucionais e governamentais da Endeavor Brasil.
“Um passo antes da transformação é entender de onde estamos partindo e por que estamos nos mobilizando. Essa parceria trará uma fotografia do cenário para além dos dados. Queremos compreender as necessidades de cada uma dessas mulheres para, então, enxergarmos medidas propositivas para um ecossistema mais humano e igualitário em suas oportunidades”, diz Dani Junco, CEO da B2Mamy.
Segundo o IBGE, as mulheres representam 52% da população do país. Apesar do índice, a participação feminina nos quadros societários de startups é ainda muito baixa. De acordo com alguns estudos realizados pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado do Distrito, as fintechs, por exemplo, possuem apenas 12% de mulheres entre seus sócios. No caso das startups voltadas para as áreas de educação e saúde, a representatividade feminina é um pouco maior: chega a 20%, em ambos os setores.
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