4 apostas de Cristiano Amon, o brasileiro à frente da operação global da Qualcomm, para a indústria de tecnologia
Matheus Rigatech@forbes.com.br
22 de julho de 2021
Divulgação
O brasileiro Cristiano Amon assumiu o maior desafio de sua carreira no último dia 30: o de ser o CEO global da Qualcomm
Após sete anos como CEO da Qualcomm, empresa desenvolvedora de processadores e equipamentos de conectividade, o norte-americano Steve Mollenkopf anunciou, em janeiro deste ano, a sua aposentadoria. Com isso, o principal cargo executivo da companhia ficou disponível para candidatos interessados em assumir os desafios frente a um futuro movimentado no setor, que tem na mira o desenvolvimento da tecnologia 5G e uma maior automação da indústria.
Para endereçar estes temas, a companhia fundada na Califórnia há mais de três décadas escolheu um executivo com quem tem uma história de longa data: o brasileiro Cristiano Amon. Há mais de 20 anos na empresa, Amon começou sua carreira como engenheiroem1995, três anos depois de ter se formado em engenharia elétrica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Nunca imaginei, quando me formei, que chegaria até aqui”, diz o novo CEO global da Qualcomm desde 30 de junho.
O campineiro, que hoje vive em SanDiego, diz que se sente honrado com a oportunidade de comandar a Qualcomm, mas não minimiza a responsabilidade do cargo. “Vivemos um momento em que o 5G tem transformado a indústria de wireless [conexões sem fio] e de smartphones em tecnologias cada vez mais fundamentais para a sociedade”, diz. “Isso traz uma chance de crescimento e diversificação enorme para nós, como negócio, mas também um nível alto de compromisso.”
A chegada de Amon ao cargo de CEO da Qualcomm marca não só o início de uma nova gestão na companhia, mas também uma retomada após os choques econômicos provocados pela pandemia de Covid-19. No ano fiscal de 2020, encerrado em setembro, a empresa registrou uma receita 3% menor do que em 2019, em US$ 23,5 bilhões. O EBT (lucro antes de impostos, em português) teve uma redução de 24%, chegando ao patamar de US$ 5,7 bilhões.
Nos dois primeiros trimestres do ano fiscal de 2021 – encerrados em dezembro de 2020 e março deste ano, respectivamente –, a empresa apresentou crescimentos elevados. A receita aumentou 62% no primeiro e 52% no segundo na comparação com os mesmos períodos do ano anterior. O EBT, por outro lado, teve altas na casa dos três dígitos. No primeiro trimestre, foi de 175%, a US$ 2,6 bilhões, enquanto no segundo a expansão registrada foi de 256%, a US$ 2,1 bilhões.
Para continuar nesta retomada pós-pandemia, em uma das indústrias mais impactadas pelo aumento de demanda – e a consequente falta – de semicondutores e outros componentes de tecnologia, Amon observa pelo menos quatro tendências para os próximos anos. A Forbes elencou, na galeria de imagens abaixo, as principais visões do executivo brasileiro. Confira: