Em fevereiro de 2020, o golpista anônimo estava no estado de Washington, nos Estados Unidos, quando contou ao FBI que recebeu uma proposta de US$ 5.000 para matar alguém. “Sinto que todas as pessoas alvo de um crime como esse estão em perigo. Os clientes que pagam para matar alguém mostram que levam a sério o assassinato dessa pessoa”, disse o usuário, de acordo com um mandado de busca e apreensão revisado pela Forbes.
LEIA MAIS: Entenda como funciona a dark web, onde acontecem grandes negócios de crimes virtuais
De acordo com as informações do mandado, o administrador do site contou aos agentes sobre uma vítima em Bellevue, Washington, e disse que recebeu uma mensagem do usuário que havia encomendado o assassinato, que dizia: “Mate-a o mais rápido possível. Eu não me importo como, apenas tenha certeza de que ela está morta. Eu prefiro que você atire na cabeça dela. Ela trabalha na [corporação] em Bellevue, mas não sei onde exatamente. Não sei se isso ajuda de alguma forma. Ela tem um filho de três anos, e normalmente sai para buscá-lo às 17h, então geralmente chega em casa por volta deste horário. Por favor, não faça nada com o menino. Me envie uma prova quando o trabalho estiver concluído.” Segundo as autoridades, um pagamento de 0,53 bitcoin (cerca de US$ 5.000) foi feito na carteira do informante em 4 de fevereiro de 2020.
Quando o FBI encontrou o alvo, que não foi identificado, os agentes a entrevistaram para determinar quem poderia ter encomendado o assassinato. A agência norte-americana disse que descobriu que o marido da vítima teve um caso extraconjugal com uma mulher que conhecera em uma conferência. Ele não só estava tendo um caso com a amante, como também estava dando dinheiro a ela, e em uma ocasião ela pediu US$ 5.000.
No mandado de busca emitido para analisar as contas de e-mail da Microsoft e do Gmail, a companheira do marido foi identificada como a principal suspeita, e admitiu aos investigadores que havia encomendado o golpe na dark web. A Forbes não está divulgando o nome da suspeita porque nenhuma acusação foi feita ainda.
Antes de ser entrevistada, em dezembro de 2019, a suspeita fez uma visita à casa da vítima e disse ao marido que planejava assassinar sua esposa com uma faca. No entanto, ela contou para o FBI que não estava armada e que não tinha a intenção de realmente matar a mulher. A esposa havia recebido fotos no Facebook que mostravam seu marido e a suspeita se beijando. De acordo com o mandado de busca, o envio foi supostamente organizado pela suspeita.
O governo escreveu que depois que a suspeita decidiu encomendar o assassinato, ela disse que usou um caixa eletrônico bitcoin e visitou vários sites de aluguel obscuros, escolhendo um que não pedia informações de identificação, como uma carteira de motorista. Ela reclamou com o corretor da dark web porque o ataque não havia ocorrido, ao que o informante respondeu que o assassino contratado estava preso e que eles estavam tentando encontrar outra pessoa para fazer o trabalho.
O FBI disse que o informante ajudou a identificar uma outra ordem de assassinato, mas nenhum detalhe foi fornecido.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.