
O presidente Donald Trump afirmou que um acordo com a ByteDance, controladora chinesa do TikTok, para vender o aplicativo de vídeos curtos usado por 170 milhões de americanos será fechado antes do prazo final neste sábado, dia 5 de abril.
O prazo determina que o TikTok encontre um comprador (que não seja chinês) ou enfrente uma proibição nos EUA por motivos de segurança nacional. A lei deveria entrar em vigor em janeiro de 2025, no entanto, Trump estendeu o limite.
“Temos muitos compradores em potencial”, disse Trump a jornalistas a bordo do Air Force One na noite de domingo (30). “Há um enorme interesse no TikTok”, e acrescentou: “Eu gostaria que o TikTok continuasse existindo.”
O TikTok não comentou as afirmações do presidente.
A Reuters informou na sexta-feira (29) que a empresa de private equity Blackstone avalia fazer um investimento minoritário nas operações do TikTok nos EUA, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto.
A Blackstone está discutindo sua participação junto aos atuais acionistas não-chineses da ByteDance, liderados pelo Susquehanna International Group e pela General Atlantic, para aportar novo capital e fazer uma oferta pelo negócio do TikTok nos EUA. O grupo emergiu como o principal candidato à compra.
Washington afirma que a propriedade do TikTok pela ByteDance torna a empresa subordinada ao governo chinês e que Pequim poderia usar o aplicativo para conduzir operações de influência contra os Estados Unidos e coletar dados de americanos.
Trump já havia dito anteriormente que estava disposto a estender o prazo de abril caso um acordo não fosse alcançado.
Na semana passada, ele reconheceu o papel da China na concretização de qualquer acordo, incluindo a necessidade de sua aprovação. “Talvez eu ofereça uma pequena redução nas tarifas ou algo assim para que isso aconteça”, disse.
O vice-presidente JD Vance afirmou que espera que os termos gerais de um acordo sobre a propriedade da plataforma de mídia social sejam definidos até 5 de abril.
A Casa Branca tem se envolvido de forma inédita nas negociações desse acordo altamente monitorado, desempenhando o papel de banco de investimentos.