O Brasil busca negociar novos acordos comerciais que permitiriam diversificar os produtos agrícolas exportados para países islâmicos para além de itens como açúcar bruto, milho e carne de frango, disse um representante do governo brasileiro durante evento hoje (6).
Falando na conferência de negócios Global Halal Brazil em São Paulo, o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Flávio Bettarello, disse que o Brasil, como membro do bloco comercial do Mercosul, está em negociações com Indonésia, Líbano e Marrocos para expandir o acesso a esses mercados.
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Além disso, o Brasil discute como expandir embarques de produtos halal para países não-islâmicos com minorias muçulmanas.
FATIA EM MERCADO DE ALIMENTOS HALAL
O Brasil busca negociar novos acordos comerciais que permitiriam diversificar os produtos agrícolas exportados para países islâmicos para além de itens como açúcar bruto, milho e carne de frango, disse um representante do governo brasileiro duranteo evento.
Falando na conferência de negócios Global Halal Brazil em São Paulo, o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Flávio Bettarello, disse que o Brasil, como membro do bloco comercial do Mercosul, está em negociações com Indonésia, Líbano e Marrocos para expandir o acesso a esses mercados.
“Há uma preocupação em relação aos tipos de produtos exportados e aos destinos”, disse Bettarello.
A Organização de Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês), que reúne 57 membros, importou US$ 190,5 bilhões em alimentos como trigo, milho, açúcar, arroz, leite e laticínios em 2020, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Desse total, o Brasil é responsável por US$ 14,1 bilhões, mostraram os dados.
Bettarello disse que cerca de metade das exportações do Brasil para os países da OIC vai para apenas cinco nações. Ele citou Turquia, Irã, Indonésia, Arábia Saudita e Bangladesh como os maiores importadores do grupo.
Ele disse que o Brasil continuará buscando acessar novos mercados e diversificar os produtos vendidos, e citou os benefícios de um recente acordo comercial com o Egito.
A mudança reflete o desejo do Brasil de ter uma participação maior no comércio global de alimentos.
O país já é o maior exportador e produtor mundial de carnes halal, incluindo carne bovina e de frango, que são produzidas de acordo com preceitos muçulmanos.
Os muçulmanos gastaram cerca de US$ 1,17 trilhão para comprar alimentos em 2019, de acordo com o relatório amplamente citado, State of the Global Islamic Economy Report. Em 2024, os muçulmanos deverão gastar US$ 1,38 trilhão para comprar alimentos, de acordo com o relatório. (Com Reuters)