Em um momento em que a demanda dos restaurantes está se recuperando à medida que lançam novos itens de menu para trazer de volta os clientes perdidos durante a pandemia, o aumento dos preços da carne para combater os custos mais altos de mão de obra e transporte beneficiou muito os frigoríficos norte-americanos.
O CEO da companhia, Donnie King, disse que já está vendo menor rotatividade e redução na ausência de trabalhadores, após desafios em relação a mão de obra ocorridos durante o surgimento da variante Ômicron do coronavírus. Segundo ele, a expectativa é que a disponibilidade de trabalhadores seja maior no restante do ano.
Os preços mais altos da carne, no entanto, deixaram o governo Biden preocupado, pois os lucros continuam aumentando nos frigoríficos.
Analistas disseram que o aumento das margens operacionais poderia atrair mais escrutínio indesejado de Washington para a Tyson e três outros gigantes da indústria que abatem cerca de 85% do gado engordado com grãos no país.
O lucro líquido atribuível saltou para 1,12 bilhão de dólares e, excluindo itens, a Tyson ganhou 2,87 dólares por ação, também superando as estimativas de 1,95 dólar por ação.
Com relação ao custo com alimentação animal, o CEO da empresa projeta novos avanços dos insumos usados na ração, como milho e farelo de soja.
“Espero totalmente que continuem a subir”, disse ele sobre os grãos.
O CEO disse que a Tyson se tornou dependente demais da compra de frango de outras empresas e “esqueceu de crescer” no segmento.
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