Ichisato afirma que a foodtech nasceu porque a empresa está “acreditando no flexitarianismo”, termo criado pela nutricionista norte-americana Dawn Jackson Blatner, que nada mais é do que incluir vegetais na dieta dos carnívoros. Para a Adeste faz todo o sentido. A empresa, que tem sua origem ainda mais distante, lá em 1952, processa ingredientes, alimentos e nutrição animal, atuando na “cadeia frigorífica, transformando os resíduos em produtos de valor agregado, fazendo parte da economia circular do setor”.
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Prato feito
A Adeste já investiu R$ 2,2 milhões para estruturar sua foodtech. Estão indo para o mercado burguer, empanados, almôndegas, carne moída e salsicha. O modelo de negócio da Uptaste foi desenvolvido para ser B2B e B2B2C, que neste caso é uma novidade para a companhia. No primeiro caso, é o que a Adeste sempre fez: vendeu seus produtos para outras empresas. Com a foodtech, ela vai para o mercado consumidor. “Como o caminho B2B2C não está no DNA da Adeste, foi importante criar a foodtech para, mesmo se apoiando na empresa mãe, ela conseguisse ter mais flexibilidade, agilidade e ainda, processos e controles diferenciados da sua criadora”, diz Ichisato.
A disposição para o risco do varejo veio da percepção de três oportunidades: o crescimento de um público que deseja participar e dividir momentos ao redor de uma boa refeição; a aplicação do conhecimento em bases proteicas de natureza vegetal e a oferta de produtos finais em um novo modelo de negócios. Há inúmeros estudos contemporâneos sobre a importância das refeições e sobre o bem-estar das relações nesses momentos, a engenharia de alimentos vêm respondendo com a melhoria dos sabores dos produtos plant based e no caso da Adeste, a criação da foodtech responde ao novo modelo de negócio. O que não deve parar por aqui, a respeito de novos investimentos.
“Para o futuro, o investimento necessário dependerá do resultado do lançamento e go to market, realizado em junho deste ano e o estabelecimento do modelo comercial com parceiros, que é o que estamos buscando no momento”, afirma Ichisato. De olho nessa expansão, não à toa, além de engenheiro de alimentos, head de negócio, entre outros, a foodtech tem gente dedicada à prospeção de novas tecnologias, como outras proteínas alternativas e processos tecnológicos que possam ser incorporados à rotina de negócios.