Conheça o luxuoso Grand Hotel Kronenhof, na Suíça

Empreendimento é o mais antigo cinco estrelas do vale do Engadin

Antonio Camarotti

Saímos de St. Moritz e seguimos viagem, desta vez de carro, para Pontresina. Apenas seis quilômetros separam as duas cidades, mas, se a pequena distância fosse percorrida de olhos vendados, seria difícil acreditar que estávamos tão próximos, tamanha a diferença de atmosfera.

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Com apenas 1.800 habitantes, Pontresina é definitivamente o que nós, turistas brasileiros, esperamos de um pequeno vilarejo nos Alpes suíços. E por favor: não confundam pequeno com pouco atraente ou menos acolhedor. Neste caso específico, menos é mais. Rodeado por pinheiros e lariços, o vilarejo é um paraíso para os que procuram um contato mais próximo com a natureza — seja para o descanso longe dos grandes centros, seja para o que, no verão, é um dos destinos preferidos dos adeptos de esportes como hiking, cross-country e mountain-biking.

É no coração desta bela região que está o luxuoso cinco estrelas Grand Hotel Kronenhof. Saiba mais detalhes na galeria de fotos:

  • Basta entrar no lobby e ouvir aquele clássico e charmoso rangido ao caminhar sobre o piso de parquet original. Ou olhar para cima e se deparar com aqueles afrescos no teto, com os detalhes em ouro folheado, concluídos em 1900 pelo pintor Otto Haberer. Ainda há o contraste da abundante luz natural durante o dia e o sutil projeto de iluminação à noite. Diante de tudo isso, você terá certeza de que está num hotel de luxo.

    Este talvez seja um dos halls mais bonitos dos hotéis que eu já visitei na Suíça. O destaque fica para os detalhes da decoração neobarroca que lembra um castelo. A explicação é que, na época da sua fundação, o hotel era frequentado pela aristocracia, que gostava de encontrar ali um ambiente parecido com o das suas residências, e portanto, com uma decoração no estilo “castelo da Cinderela”. É ali no lobby, e em seus belos salões anexos, que os hóspedes podem desfrutar de uma deliciosa seleção de bolos caseiros e chás, ou reservar tudo para eventos de até 350 pessoas.

  • Inaugurado em 1848, o Kronenhof tinha o nome de Rössli Guesthouse. Depois de ficar nas mãos da mesma família por mais de 140 anos, o hotel foi vendido a investidores. Em 2004, a propriedade foi adquirida pela Engadinerkulm AG. A companhia, pertencente à família Niarchos, também é dona do Kulm, outro luxuoso hotel da região, onde o turismo de inverno de luxo teve início.

    Em 2007, o empreendimento passou por uma grande reforma, que consumiu 35 milhões de dólares. As obras contemplaram melhorias de infraestrutura, um generoso estacionamento subterrâneo e uma cozinha totalmente reformulada. O hotel também ganhou um spa e 28 acomodações, entre suítes e apartamentos. Dois anos depois, nove apartamentos foram renovados, e duas suítes foram criadas, a Bellaval e a Engiadina.

  • O hotel, o cinco estrelas mais antigo do Upper Engadin Valley, possui 47 suítes, além de 112 apartamentos. Com área privativa que varia de 35 a 75 metros quadrados, as acomodações são revestidas com materiais nobres, como o mármore e o granito dos hipermodernos e elegantes banheiros. A suíte Kronenhof, a maior e mais luxuosa, tem decoração estilo belle époque, com cortinas drapeadas e forro de gesso neobarroco.

  • A predominância de tons de azul no tecido da parede e no carpete completam a sensação de bem-estar. Mas um grande diferencial dessas instalações é a vista, seja para as geleiras Roseg e Corviglia, seja para as montanhas. As paisagens são mesmo de tirar o fôlego. Não me contive numa manhã, ao abrir a janela da minha suíte. Após uma foto, fiz um post numa rede social. A única legenda que pensei em escrever foi: “Tenho quase certeza de que os cartões postais foram inventados na Suíça”.

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  • Outro aspecto que chama muita atenção no Kronenhof é a perfeita combinação entre o novo e o antigo. A reforma ao mesmo tempo em que criou espaços supermodernos — como o interior de algumas suítes, como a Engiadina, onde fiquei, ou como a área do spa — preservou e deu ainda mais destaque aos espaços clássicos da propriedade, como o interior do imponente Grand Restaurant.

    Em estilo neobarroco, o restaurante é a opção ideal para um clássico e elegante jantar — o dress code exige blazer, calça e sapato social para os homens, portanto nada de jeans e tênis. Construído em 1872, serve especialidades suíças e uma seleção de pratos internacionais. É lá também que é servido o delicioso e farto buffet do café da manhã — quanta saudade dos queijos suíços… Lá, você encontrará também mais afrescos feitos pelo pintor Otto Haberer. O local apresenta excelente acústica e conta frequentemente com shows na programação.

  • Já que falei de restaurantes, uma das melhores experiências que tivemos no Kronenhof foi no Kronenstübli, que recebe os convidados à luz de velas, num ambiente muito aconchegante, onde a decoração em madeira predomina. Sob o comando do chef Fabrizio Piantanida, as surpresas provenientes das cozinhas francesa e italiana são diversas — a começar pelo couvert que chega à mesa em uma bela apresentação. Um dos itens é uma caixa de madeira, que lembra a embalagem de uma garrafa de vinho, em cujo interior repousam algumas variedades de quentíssimos e saborosos pães caseiros. A grande atração do local é o pato ao estilo Rouen, que é servido durante o ano inteiro, e preparado numa prensa idêntica à do famoso restaurante La Tour D’Argent, em Paris.

    Foi dali que saímos após um delicioso jantar para passear numa linda noite de luar pelo pequeno vilarejo de uma única rua principal e suas artérias com belas construções de design tradicional dos Alpes… Realmente um lugar incrivelmente pitoresco.

  • Como estávamos dispostos e bem acordados ainda, demos uma passada no Bowling Alley, um espaço agradável para jogar boliche. Parece uma viagem ao passado, com uma máquina de época, automatizada, que usa bolas de madeira. Tudo muito chique e clássico.

  • Para almoçar ao ar livre, a dica é o Le Pavillon, com sua vista para o topo das geleiras. Não deixe de degustar um vinho na adega Veltlin, construída em 1867 (outro local do hotel que foi preservado) e decorada com sua coleção original de barris, antigos esquis de madeira e trenós tradicionais de antigos hóspedes, que preferiam deixar os equipamentos ali até a próxima estação de inverno, que completam o charme local. Para curtir piano ao vivo, escolha o Kronenhof Bar & Lounge, com a maior seleção de gin do vale do Engadin.

  • A sala da lareira é outro ambiente aconchegante do Kronenhof, ideal para se reunir com os amigos, assim como a sala Roseg. No Salon Bleu, os hóspedes têm à disposição uma seleção de jornais locais e internacionais. Um excelente local para a leitura do dia.

  • Agora, se existe um local que você não pode deixar de ir, durante a sua estadia no Kronenhof, é no spa. O espaço conta com uma piscina de borda infinita — que, além de coberta e aquecida, oferece algumas surpresas interessantes, como o sistema de som subaquático. Muito legal nadar ali ouvindo música. Saunas, hidromassagem e academia — esta, com uma bela paisagem para as montanhas — são outras boas opções. Os mais vaidosos contam com salão de beleza e 13 salas de tratamento distribuídos por 2.000 metros quadrados.

  • Nada mais revigorante que voltar de um dia nas montanhas e se entregar a algumas horas de massagem e hidromassagem. As atividades são acompanhadas por médicos, instrutores e especialistas em bem-estar.

  • Independente da época do ano, opções não faltam para quem estiver em busca de diversão. No verão, caminhadas, passeios de bicicleta e partidas de tênis são boas pedidas. Também é possível praticar vela, windsurf e kitesurf no Lago Silvaplana. Já o rio Inn é ótimo para pesca, rafting e canoagem. Os amantes de golfe encontram campos de 9 e 18 buracos na região. Mesmo para os que não estão com muita disposição para longas caminhadas, um passeio obrigatório é uma visita ao topo do Muottas Muragl, que com os seus 2.454 metros de altitude oferece uma das mais belas e privilegiadas paisagens do vale do Engadin. No inverno, a região possui quilômetros e mais quilômetros de pistas de esqui e de cross-country, além de trilhas de hiking. Sem contar a pista de gelo natural do hotel.

    Esses dias em Pontresina foram tão agradáveis que as minhas idas à região serão diferentes a partir de agora. Eu irei sempre me certificar de que, após a badalação, em St. Moritz, terei alguns dias de descanso em altíssimo estilo no Kronenhof. O problema vai ser querer sair de lá e voltar para o caos das grandes cidades.

Basta entrar no lobby e ouvir aquele clássico e charmoso rangido ao caminhar sobre o piso de parquet original. Ou olhar para cima e se deparar com aqueles afrescos no teto, com os detalhes em ouro folheado, concluídos em 1900 pelo pintor Otto Haberer. Ainda há o contraste da abundante luz natural durante o dia e o sutil projeto de iluminação à noite. Diante de tudo isso, você terá certeza de que está num hotel de luxo.

Este talvez seja um dos halls mais bonitos dos hotéis que eu já visitei na Suíça. O destaque fica para os detalhes da decoração neobarroca que lembra um castelo. A explicação é que, na época da sua fundação, o hotel era frequentado pela aristocracia, que gostava de encontrar ali um ambiente parecido com o das suas residências, e portanto, com uma decoração no estilo “castelo da Cinderela”. É ali no lobby, e em seus belos salões anexos, que os hóspedes podem desfrutar de uma deliciosa seleção de bolos caseiros e chás, ou reservar tudo para eventos de até 350 pessoas.

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