Talley morreu em Nova York, afirmaram seus representantes da TAA PR em um comunicado em que aplaudem a figura “indomável” e “maior que a vida” que supervisionou a ascensão da “Vogue” como “a bíblia da moda mundial”.
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Uma figura imponente de 1,90 m, era presença regular na primeira fila dos prestigiados desfiles de moda e, além de décadas na “Vogue”, também trabalhou no “Women’s Wear Daily” e na “Interview”.
Mais tarde, Talley participou como juiz do reality show “America’s Next Top Model”, foi diretor artístico da varejista Zappos e aconselhou a start-up do rapper will.i.am.
O governo francês concedeu a Talley em 2021 o título de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres (Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, em português) em reconhecimento por sua contribuição à moda, uma honra que ele descreveu como “o melhor dia da minha vida”.
Ao longo dos anos, foi autor de vários livros, incluindo seu recente livro de memórias, “The Chiffon Trenches”, que foi um best-seller do New York Times. A famosa e estreita relação de décadas de Talley com a editora-chefe da “Vogue”, Anna Wintour, está documentada em inúmeras fotos da dupla juntos – no entanto, seu relacionamento mais tarde azedou, o que Talley contou em seu livro.
Desde a notícia de sua morte, figuras da indústria da moda e celebridades prestaram homenagem a Talley. O editor-chefe da Vogue britânica, Edward Enninful, o primeiro negro no comando da publicação, disse: “Sem você, não existiria eu. Obrigado por abrir o caminho.”
A supermodelo Milla Jovovich o descreveu como uma “força da natureza”, a designer belga Diane von Furstenberg disse que “ninguém era mais espirituoso e grandioso” e a figurinista Arianne Phillips o descreveu como um “pioneiro” e “jornalista com uma voz singular”.