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Em julho, ainda em Londres, onde participou da premiação, Janaina disse à Forbes que, durante o almoço, tinha dado boas risadas pensando sobre como conseguiam fazer um trabalho à altura das outras casas no top 10 da gastronomia. “Visitei a maioria e todas têm muita estrutura, cozinhas incríveis”, diz. “Já aqui é tudo contado. Por uma questão de espaço, a produção tem que ser cronometrada, porque não cabem duas pessoas no mesmo lugar.” (São 83 colaboradores na cozinha e no salão.)
Alta gastronomia para muita gente
Mesas disputadas
Clientes esperam de duas a quatro horas para se sentar em um dos 80 lugares da Casa do Porco, lotando a calçada da rua Araújo, no centro de São Paulo. Teoricamente é possível reservar uma mesa com antecedência, mas, no fim de julho, não havia vagas para os 120 dias seguintes (período máximo disponível no site).
Ingredientes da roça para o centro
Nos cálculos de Janaina, cerca de 80% do que chega aos pratos do restaurante é de produção própria. Os porcos caipiras são criados no interior de São Paulo especialmente para abastecer os negócios dos Rueda, que incluem o Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork, a Sorveteria do Centro e o açougue Porco Real. Os vegetais vêm de um sítio de produção orgânica. E mesmo as bebidas são, em parte, feitas pelos chefs (como o vermute) ou com parceiros (como a cerveja).
Artigo publicado na edição 99 da revista Forbes, em julho de 2022.