Para os mexicanos, 2 de novembro é o dia em que seus entes queridos falecidos voltam à Terra para matar as saudades das pessoas e aproveitar um pouco dos prazeres mundanos. Não importa a classe social, todos celebram a data, que é como o Carnaval para os brasileiros. Eles se fantasiam e saem às ruas para comemorar.
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Faz parte da tradição montar um altar com a foto do morto que esperam receber. A imagem é cercada de oferendas, a mais conhecida o pan de muerto (pão de morto), um pão doce polvilhado com açúcar, muito tradicional na data, além de flores amarelas – uma espécie de calêndula mexicana. Também são colocados incensos, papel picado, peças de roupas, joias e tequila, é claro.
LA CATRINA, A DEUSA DA MORTE
Figura emblemática do Dia dos Mortos, as Catrinas são as caveiras femininas adornadas com um vestido elegante e chapéu extravagante. Elas estão por toda a parte e há concursos no país para escolher a fantasia mais bonita ou a que melhor representa La Catrina.
Ela surgiu a partir da deusa da morte asteca, Mictecacihuatl, que guardava os ossos dos mortos para que, se fosse necessário, pudessem ser usados. Também presidia as festividades do Dia dos Mortos.
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Foi Diego Rivera (1886-1957), pintor muralista e marido de Frida Kahlo, quem deu o nome de La Catrina à Calavera Garbancera, quando a retratou no mural Sueño de una Tarde Dominical en la Alameda Central, de 1948, resgatando as raízes da cultura mexicana e representando mais de 400 anos de história do México por meio de diversos ícones. La Catrina foi feita de corpo inteiro, com vestido muito enfeitado e elegante, adornada por acessórios próprios da época. A partir daí, permaneceu o nome.
DISTIL YOUR WORLD X ROCA BROTHERS
A The Macallan está celebrando a terceira edição do projeto Distil Your World, uma parceria da marca de uísque escocês com os Roca Brothers – chefs por trás do premiado restaurante espanhol El Celler de Can Roca.
“Destilar uma cultura dentro de uma garrafa e de um menu.” Essa é a ideia por trás da iniciativa, que já homenageou Londres, Nova York e agora, Cidade do México. Para tanto, a escocesa Diane Stuart, whisky maker da Macallan, fez uma imersão na Cidade do México ao lado do chef Joan Roca para estudar e conhecer a fundo a cultura mexicana. Dessa experiência, nasceu um blend exclusivo, com notas doces inspiradas no sabor do pan de muerto, nas flores de calêndula e com um toque de laranja.
Entre elas a curadora Josefina García, a makeup artist Erika Ponce, a chef Elena Reygadas (do restaurante Rosetta) e o artista mexicano Alfredo Ríos, que criou o rótulo da garrafa. “Se existe uma cultura que pode abarcar uma bebida única como o uísque escocês, é a mexicana. Apesar de distintos, os dois países são cheios de personalidade”, disse o chef Joan Roca.
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Esta matéria faz parte da edição 113 da Forbes, que já está disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site.