Lisa Kudrow virou um rosto conhecido para milhares de pessoas desde sua estreia como Phoebe Buffay em “Friends“. Do sucesso com as 10 temporadas da série até seus papéis memoráveis em “Romy e Michele” e “The Comeback: O Retorno”, a vencedora do Emmy deixou uma impressão duradoura nas telas.
Seu talento como atriz continua marcante na nova série de suspense “Quem Vê Casa…“, que chegou ao catálogo da Netflix nesta semana. Kudrow, de 61 anos, interpreta Lydia Morgan, uma mulher que tenta vender sua casa na Califórnia ao lado do seu marido (interpretado por Ray Romano), enquanto também lida com traumas persistentes do passado.
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Em entrevista à Forbes, Lisa Kudrow fala do início da carreira e do sucesso de “Friends”, do seu mais recente projeto e do que podemos esperar dela no futuro.
Forbes: Em 2024, “Friends” completou 30 anos. Onde você acha que a Phoebe Buffay estaria hoje?
Lisa Kudrow: Gostaria que ela estivesse com o Mike e, se quisessem ter filhos, já teria herdeiros de 20 anos. Phoebe seria o tipo de pessoa que estaria feliz em qualquer lugar, independentemente do que estivesse fazendo ou dos desafios que existissem. Ela parecia lidar bem com os desafios.
Sua carreira decolou da noite para o dia com a série, mas as redes sociais ainda não existiam. Hoje, como você enxerga e lida com a fama?
Estou bem em deixar a fama ir embora, se ela for embora. Ela foi embora um pouco, e isso é fantástico. Quando você fica famoso, você acha que precisa continuar lá. O que você precisa fazer para manter isso? Não sei — graças a “Friends”, não importa. Se alguém quiser me colocar para trabalhar ou se eu puder me colocar para trabalhar, ótimo. Essa é a parte realmente boa para mim.
Você trabalha como atriz há mais de 35 anos. Quais foram as mudanças que você percebeu na indústria do entretenimento, para melhor ou para pior?
Criativamente, vejo muitas mudanças ótimas. Agora olhamos para uma série como uma espécie de um filme longo, então há mais oportunidade de explorar um personagem e entrar em profundidade. Por outro lado, sinto falta das piadas e de rir alto.
Se você pudesse dar um conselho para a Lisa que estava começando em “Friends”, o que diria?
Acho que eu não precisaria dar um conselho a ela. Não acho que ela cometeu erros. Ela teve muita sorte de ter encontrado seu parceiro de alma e se casar antes da primeira temporada explodir de audiência. A única coisa que eu diria é: você não precisa se preocupar. Continue sendo grata e não se preocupe.
Você faz cenas intensas em “Quem Vê Casa…”. Como foi atuar de uma forma diferente do que você está acostumada?
Tiveram mais lágrimas dessa vez e o processo foi muito intenso. Mas, foi uma boa surpresa, porque foi mais fácil do que eu imaginei. Talvez seja porque estou mais velha e tenho menos escudos que eu achava que precisava ter quando era mais jovem. Precisei de menos preparação emocional.
Você notou que sua abordagem criativa e suas prioridades como atriz evoluíram com o tempo, à medida que você foi ganhando mais experiência?
Sim e não. Vamos ser sinceros: eu nunca fui uma protagonista de comédia romântica. Nunca procurei esses papéis porque uma coisa que eu nunca fui é fofa. Não via a hora de envelhecer para poder interpretar adultos. Esse papel como Lydia é uma resposta das minhas decisões de carreira, e estou muito feliz com isso.
Como foi a experiência de trabalhar com Ray Romano como seu marido na série?
Esse foi um dos maiores atrativos de “Quem Vê Casa…”, além de saber que era um projeto da Liz Feldman, criadora de “Disque Amiga Para Matar”, série da qual sou fã. Já sonhava em trabalhar com o Ray, mas achei que isso nunca fosse acontecer. Fiquei emocionada quando me perguntaram se eu gostaria de trabalhar ao lado dele. E, pessoalmente, ele não decepciona. Ele está sempre pensando no projeto e não tem ego — só a quantidade saudável que você precisa para sobreviver. Mas o Ray sabe que a série não se trata dele e é assim que eu gosto de trabalhar também.
Existe um burburinho sobre uma sequência de “Romy e Michele”. Sei que você continua conversando com sua co-estrela Mira Sorvino e Robin Schiff, a escritora. Qual é o status do projeto agora?
Eu espero que aconteça. Parece que pode acontecer, então isso é empolgante! Mas não há nada oficial.
Você tem vontade de continuar a história da Valerie Cherish em “The Comeback: O Retorno”?
Sinto que há mais dessa história para ser contada. Sempre que Michael Patrick King e eu nos encontramos, pensamos no que poderia estar acontecendo.
Olhando para frente, que histórias, personagens e gêneros você ainda busca explorar?
Não queria fazer um drama, mas talvez uma história pequena e realista, se ainda fazem esse tipo. Filmes independentes costumavam ser muito bons para isso. Também sinto falta de uma comédia mais pesada, acho que seria divertido.
* Jeff Conway é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é um jornalista norte-americano focado em entretenimento e negócios. Siga o canal da Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias de empreendedorismo, carreira, tecnologia, agro e lifestyle.