O painel de especialistas da OMS aprovou o Paxlovid – uma combinação de nirmatrelvir, que inibe a replicação do coronavírus, e ritonavir, um inibidor do HIV que também retarda a degradação do nirmatrelvir no fígado – para pacientes com Covid sem doença grave que correm alto risco de hospitalização.
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O painel citou novos dados de dois ensaios clínicos envolvendo 3.100 pacientes, que descobriram que o Paxlovid levou a 84 menos internações hospitalares por 1.000 pacientes tratados com pouco ou nenhum risco de efeitos colaterais graves quando administrado dentro de cinco dias após o início dos sintomas.
O Paxlovid não deve ser usado em pacientes de baixo risco, pois os benefícios são “insignificantes”, embora o grupo tenha dito que esta é uma recomendação fraca, pois provavelmente há um “número considerável” de pessoas que darão um “alto valor a reduções muito pequenas” em risco.
O conselho também emitiu uma recomendação fraca para o uso do medicamento antiviral remdesivir para pacientes com Covid-19 não grave com alto risco de hospitalização, substituindo as orientações anteriores contra seu uso em qualquer paciente com Covid com base em novos dados de cinco ensaios clínicos.
Novas recomendações
O Paxlovid é um dos únicos medicamentos antivirais orais aprovados para o Covid-19 e foi amplamente aclamado como um divisor de águas nos esforços para controlar o vírus.
Para ser tomada em casa antes ou logo após o aparecimento dos sintomas, a pílula preencheu uma grande lacuna no tratamento da Covid-19, que antes dependia da prevenção (como vacinação), tratamento dos casos mais graves no hospital ou tratamentos de difícil administração para aqueles que não estão internados. É o segundo – e agora preferido – antiviral oral endossado pela OMS depois do molnupiravir da Merck e da Ridgeback Biotherapeutics, recomendado para pacientes de alto risco no início de março.
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Em comunicado, a OMS expressou sua preocupação de que os países de baixa e média renda “sejam empurrados para o final da fila quando se trata de acessar esse tratamento”, como aconteceu com as vacinas Covid-19.
Embora a Pfizer tenha fechado acordos com empresas farmacêuticas de todo o mundo para produzir formas genéricas do medicamento, a OMS disse que esses produtos “ainda não estão disponíveis de fontes com garantia de qualidade”. A agência disse que a “falta de transparência da Pfizer… está dificultando que as organizações de saúde pública obtenham uma ideia precisa da disponibilidade do medicamento, quais países estão envolvidos em acordos bilaterais e quanto estão pagando”.