O dólar subia ante o real hoje (30), na véspera das decisões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e Brasil.
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Às 10:23, a moeda norte-americana avançava 0,24%, a R$ 3,7929 na venda. Na segunda-feira (29), o dólar subiu 0,27% a R$ 3,7837 na venda, maior patamar em três semanas. Neste pregão, o dólar futuro subia cerca de 0,25%.
Tanto o Fed, nos Estados Unidos, quanto o Copom, no Brasil, se reúnem já nesta terça-feira, mas a decisão sobre a taxa de juros de cada país será anunciada apenas na quarta, o que mantém operadores em compasso de espera neste pregão e o dólar segue movimentos técnicos.
“Ele fica técnico, mas evitando excessos. Não tem muito porque descolar acima de R$ 3,80 ou ir abaixo de R$ 3,75 até a decisão do Fed e a sinalização”, disse Cleber Alessie Machado, operador da corretora H.Commcor, acrescentando que a ligeira alta do dólar pode estar atrelada à formação da taxa Ptax de fim de mês, na quarta-feira (31).
As expectativas com relação à ação que o Fed deve tomar já estão consolidadas em direção a um corte de 0,25 ponto percentual, o que leva agentes financeiros a concentrarem atenções em sinalizações que o banco pode fazer sobre a trajetória futura de política monetária.
Sinais conflitantes, que de um lado apontam para resiliência da economia norte-americana, mas por outro indicam a continuidade de pressões que podem desacelerá-la, deixam investidores em compasso de espera para ver como reagirá o Fed.
Com relação à taxa norte-americana, reforçavam as apostas de corte a divulgação dos gastos dos consumidores norte-americanos e preços, que subiram moderadamente em junho, apontando para um crescimento econômico mais lento e uma inflação benigna.
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“Considerando que venha um corte de 0,25, vai ser muito importante a sinalização se tem mais um corte por vir ou se tem mais alguns cortes por vir. Pela curva, tem mais cortes por vir, mas precisa ver como o Fed vai expor isso ao mercado”, afirmou Alessie Machado.
No caso do Copom, as apostas estão ainda mais consolidadas em torno da redução de 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic, atualmente em 6,50% ao ano, para uma nova mínima histórica.
Da mesma maneira, o mercado se atentará a pistas que o BC dará sobre decisões futuras, visto que a pesquisa Focus vem indicando que o mercado espera a Selic em 5,50% ao fim de 2019.
Outro fator que também corrobora para a cautela adotada antes das decisões de juros no Brasil e EUA é a retomada das negociações comerciais entre chineses e norte-americanos, com foco na questão das compras de produtos agrícolas dos EUA pelos chineses, uma das precondições estabelecidas para reiniciar as conversas.
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