“Este estudo me abriu os olhos”, diz a jornalista Lyric Fergusson, de Los Angeles, que administra o site com seu marido Asher e é mãe de dois filhos. “Mesmo sendo uma pessoa instruída e atenta, fiquei tão insensível os pontos negativos do país que devo ter simplesmente desconsiderado minha experiência pessoal com a retórica da nação”.
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Para classificar os países mais e menos amigáveis para se criar uma família, a dupla analisou 30 estatísticas críticas de fontes internacionais confiáveis, divididas em seis categorias que identificam condições favoráveis para a formação de um núcleo familiar, incluindo segurança, felicidade, custo, saúde, educação e tempo.
O país melhor ranqueado no índice é a Islândia, que também é o mais seguro do mundo e o quarto no que diz respeito ao custo de vida. “A Islândia alcançou o top 10 em todas as categorias e foi a número um em segurança”, diz Lyric, que destaca que o país também é líder mundial em direitos humanos. “Independentemente da origem de uma criança ou de quem ela é, a constituição da Islândia garante que elas sejam tratadas todas iguais.”
O México entrou no final da lista como o pior país para a criação de uma família. O país foi mal classificado em categorias como segurança (foi considerado o mais perigoso do mundo), saúde (a pior), educação (também a pior) e felicidade (o quinto país menos feliz).
A segurança impactou drasticamente a classificação dos Estados Unidos. Segundo os dados, o país é o segundo pior depois do México. “Os EUA relataram 6,12 homicídios por 100.000 (superados apenas pelo México), enquanto a maioria dos países da nossa lista tem cerca de um ou menos”, diz a jornalista.
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Os EUA também tiveram uma pontuação baixa na categoria de direitos humanos – foi considerado o quarto pior. “Nosso racismo sistêmico é apenas um exemplo, que foi exposto recentemente durante os protestos do movimento Black Lives Matter”, diz Lyric. “Tornou-se surpreendentemente claro que as pessoas de raízes étnicas não se sentem seguras na América.”
Um fato relevante levantado pelos jornalistas é que “as mães norte-americanas têm duas vezes mais chances de morrer nos EUA do que no Canadá – mesmo que um parto comum hospitalar custe três vezes mais por aqui”, diz Lyric.
A América também foi a pior colocada em termos de tempo. “Os norte-americanos trabalham muitas horas por ano com zero auxílio maternidade, paternidade, licença médica ou férias”, diz a jornalista. “Nenhum outro país em nosso estudo apresentou tamanha falta de beneficios.”
Os EUA tiveram, ainda, uma classificação ruim em termos de felicidade: os jornalistas apontam que um em cada cinco cidadãos sofre de problemas de saúde mental e a taxa de suicídios aumentou 33% entre 1999 e 2017. O país também teve uma classificação ruim em termos de educação (é o 12º pior) e saúde (é o oitavo pior).
Lyric diz que o levantamento a levou à conclusão de que os Estados Unidos são um país profundamente desafiador e problemático – mas ela não perde a esperança. “Minha aspiração é que algo mude substancialmente na vida de meus filhos.”
Veja, na galeria de imagens a seguir, os 35 melhores e piores países do mundo para criar uma família. A classificação considera 30 fatores para avaliar as categoria saúde, segurança, felicidade, custo, educação e tempo em pontos.
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