Este foi o coroamento de uma trajetória que se iniciou muito cedo. “Comecei a trabalhar no escritório do meu pai, que tinha uma empresa de serviços. Tive a carteira assinada aos 14 anos, idade mínima permitida por lei.” Thuler sempre esteve voltado à tecnologia e campos afins. “Por volta dos 16 anos descobri o desenvolvimento de sistemas.
A possibilidade que a área oferece de provocar mudanças relevantes e sustentáveis me fez escolher a computação como carreira.” Ele acabou por diplomar-se em 1999 em ciência da computação pela Unicamp. Depois disso, fez vários cursos, em especial um sobre inovação em Wharton, na Universidade da Pensilvânia, que o marcou profundamente. Mas nada comparável ao impacto que a ida para a Califórnia, nos EUA, teve sobre ele.
Como é comum na área de tecnologia, o líder da Catho mostra- se avesso a formalismos (“Não acho que você tenha de se vestir seriamente para ser levado a sério no trabalho. Não conseguiria usar um terno todos os dias”) e é ambicioso a um nível quase espantoso: “Só tive contato com o mundo do recrutamento em 2013, ao entrar na Catho.
O que me trouxe para cá é o impacto que a tecnologia atrelada ao recrutamento pode ter na vida das pessoas e das empresas. Acredito seriamente que posso aumentar a produtividade dos brasileiros e, por consequência, o PIB do Brasil”. E Eduardo (“Acharia estranho ser chamado de senhor”, adverte) finaliza sua reflexão: “Com o tempo, me dei conta de que a divisão entre o produto de uma empresa e a empresa em si é tênue; tive, então, a oportunidade de ampliar meu campo de atuação ao assumir a presidência da Catho”. De agora em diante, mais que nunca, o céu é mesmo o limite.