Ela tentou em 1999 aportar no mercado brasileiro de acesso à internet e bater de frente com os gigantes da época: UOL, IG e Terra. Não deu certo, e a AOL se viu obrigada a fechar sua operação no país pouco tempo depois. Agora, ela está de volta. Questionado se a experiência mal-sucedida de 17 anos atrás não deixou uma memória ruim no internauta brasileiro, Marcos Swarowsky, diretor geral da AOL Brasil, é taxativo: “Até para nossa surpresa, não, não deixou. As pessoas entenderam muito rapidamente que o modelo de negócios que propomos não tem nada a ver com o que foi feito naquela época. E estão comprando nossas ideias”.
Mas que modelo é esse? A empresa oferecerá suas plataformas tecnológicas e de mídia, que ajudarão as marcas a estabelecer conexões com seus consumidores em mobile, vídeo e display. A ideia é unir o melhor de dois mundos: conteúdo premium (como os portais Huffington Post, TechCrunch e Engadget) e tecnologia inovadora.
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A empresa se propõe a, em três anos, estar entre os três grandes players de mídia digital no país. Não vai ser fácil, em um mercado dominado por gigantes como Google e Facebook. Para tanto, investe principalmente em soluções de geração e transmissão de conteúdo digital voltadas a publishers, uma área que não existia na companhia no passado. Uma delas é a plataforma Millennial Media, recente aquisição nos Estados Unidos que alcança 20 milhões de usuários mobile no Brasil. Há ainda outra plataforma, a ONE, que possibilita a distribuição de conteúdo, análise do envolvimento do público e gestão de receitas, além de oferecer soluções tecnológicas para redefinir a monetização e capacitar editores para capturar o valor máximo do seu conteúdo. A ideia da recém-retornada AOL Brasil, portanto, é cativar os players da mídia local com seus formatos de comunicação. Em um segundo momento, braços do conglomerado voltados à difusão de informações devem chegar por aqui também.