Os motores a combustão – movidos a gasolina ou diesel – estão com os dias contados à medida em que os veículos tradicionais forem substituídos pelos modelos elétricos. O futuro, que até pouco tempo parecia distante, bate à porta: grandes montadoras já realizaram anúncios globais sobre a produção e comercialização de veículos com motorização elétrica. A Tesla, fabricante norte-americana pioneira nesse segmento, já ultrapassou o valor de mercado das tradicionais GM e Ford.
Governos e instituições também já adotam metas para a proibição dos motores a combustão – caso de alguns países europeus – e para a redução dos gases que intensificam o efeito estufa – compromisso assinado por 195 nações na última Conferência do Clima, realizada em 2015, em Paris. O setor de transporte é responsável por, aproximadamente, 30% das emissões de gases que provocam o aquecimento global.
A proliferação de veículos elétricos vai exigir uma readequação da infraestrutura urbana e rodoviária: as bombas de abastecimento cederão lugar aos carregadores públicos de eletricidade. No Brasil, na região Sul, essas estações já são realidade.
A Electric Mobility, representante exclusiva no país da fabricante portuguesa EFACEC, líder mundial em equipamentos de recarga para veículos elétricos, acaba de fornecer três carregadores de carga rápida para a CERTI, que os instalou na rodovia Florianópolis/Joinville, em Santa Catarina, como parte de um projeto da Celesc Distribuição via Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Basta o motorista conectar seu carro à estação e a recarga é feita em 20 minutos. Há possibilidade, ainda, de monitorar o procedimento pela tela do celular, já que os carregadores possuem comunicação Wi-Fi e 3G.
“Pretendemos implementar outras estações em rodovias brasileiras”, afirma Eduardo José de Sousa, diretor da Electric Mobility, de olho no interesse das montadoras e das concessionárias de energia elétrica em investir na proliferação dos pontos de recarga e na expectativa, projetada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), de que até 2020 o Brasil tenha uma frota entre 30 mil e 40 mil veículos do tipo em circulação em todo o território nacional.
Hoje, a recarga pode ser realizada gratuitamente, já que ainda não foi definido como será o pagamento do serviço, cujo modelo de precificação deve ficar sob a responsabilidade da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo a Electric Mobility, uma revisão tributária sobre os equipamentos de recarga poderia reduzir o preço do serviço em 30% ou 40%.